Apesar de segura e bem tolerada, opção por fármacos canábicos geralmente só é levada em conta após ineficiência ou efeitos colaterais dos medicamentos tradicionais; Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo é celebrado nesta quarta-feira (2)
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Foto: Divulgação |
Comemorado na próxima quarta-feira (2), o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo foi criado para ajudar na disseminação de informações sobre o chamado Transtorno do Espectro autista (TEA) – a condição, que segundo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) atinge quase 2% da população mundial, não tem cura nem medicação própria. Como cada pessoa no espectro tem características únicas e desafios próprios, a escolha por um tratamento ideal é uma das maiores dificuldades de pais e parentes, especialmente de crianças e adolescentes autistas.
Assim como acontece com os pacientes, o impacto do transtorno é diferente em cada um dos cuidadores. Segundo estudo, 1/3 das mães de crianças autistas podem apresentar problemas psiquiátricos como depressão e fobia social, entre outros. Os custos associados ao tratamento, cuidados médicos e terapias específicas se somam à dificuldade de encontrar medicações e dosagens que contornem as dificuldades e limitações sem, ao mesmo tempo, afetar negativamente sintomas como irritabilidade, hiperatividade e outros relacionados ao TEA.
“São tantas particularidades que, mesmo com assistência médica especializada, o caminho costuma ser longo e trazer sofrimento a todos os envolvidos”, explica a Dra. Mariana Maciel, médica especialista à frente da canadense Thronus Medical. “Não são todos os pacientes que conseguem fazer uso da medicação, como nos casos de quem possui outras comorbidades associadas, como as convulsões”, completa.
Alguns efeitos medicamentosos podem acarretar em mais prejuízo do que em benefícios – antiepilépticos podem controlar crises convulsivas e piorar quadros de alheamento, por exemplo. Existem também dificuldades com a dosagem correta com antipsicóticos, antidepressivos e ansiolíticos na busca por diminuir os episódios de agressividade. “Muitas vezes é só após muitas tentativas que a cannabis medicinal é integrada a outros medicamentos no tratamento”, diz a especialista. “O risco de uma administração da cannabis medicinal com outros fármacos é muito baixo, o que faz com que a família, mesmo que tenha suas dúvidas, acabe por considerar a opção”.
CBD é protagonista
O acompanhamento do TEA com medicina canábica só perde, em números de prescrições, para os de ansiedade, dores crônicas, depressão e Alzheimer. Ele é feito a partir dos canabinoides presentes na folha de cannabis e costuma acompanhar relatos de aumento da habilidade comunicativa, hiperatividade, aprendizagem e diminuição em casos de agressividade nos pacientes. Na planta são encontrados mais de 100 tipos de canabinoides, embora os mais estudados sejam o THC e o CBD – este último não possui efeito psicoativo e é protagonista no tratamento do transtorno por atuar diretamente nos receptores de serotonina e dopamina.
“O sistema endocanabinoide regula processos cerebrais fundamentais para o nosso bem-estar, da comunicação neural, ao controle do humor, estresse e sono. Estudos sugerem que o desequilíbrio nesse sistema pode estar ligado ao TEA”, conta Dra. Mariana. “O CBD ainda tem propriedades anti-inflamatórias e neuroprotetoras, enquanto o THC, se utilizado com a dosagem correta, pode aumentar a desenvoltura social do paciente”, completa. Recentemente, estudo realizado com crianças e jovens com autismo no Hospital Universitário de Brasília (HUB) mostra que 70% dos pacientes apresentaram melhora com o CBD.
Medicamento em formato de balas facilita tratamento
A forma como são administrados os medicamentos podem facilitar a biodisponibilidade, nome dado ao processo de como o corpo humano absorve os princípios ativos dos medicamentos. Autistas, por exemplo, possuem em geral uma hipersensibilidade a cheiros, sabores e texturas. Um estímulo desconfortável ou insuportável pode gerar traumas ou até impedir o tratamento. Por isso, fármacos canábicos ganham destaque pela versatilidade, já que podem ser administrados das mais diversas formas.
É possível, por exemplo, uma administração por vias mais amigáveis com as “gummies” – com gosto, formato e cheiro de bala de goma de morango, o medicamento entregue em formato de “ursinho”, como os disponibilizados pela Thronus Medical, são uma alternativa mastigável e saborosa para absorção do princípio ativo. “É uma forma menos traumática e mais objetiva, inclusive, na hora de administrar a dose certa da medicação”, conclui Dra. Mariana. “A forma de entrega é diversa como as necessidades de cada autista, que é uma condição importante, mas não serve para definir ninguém”.
Sobre a Thronus
Fundada no Canadá em 2018, a Thronus é uma biofarmacêutica focada na produção e no desenvolvimento de fármacos inovadores para tratamentos com cannabis medicinal. Com parceiros e distribuidores na América do Norte, América Latina e Europa, a Thronus conta com tecnologia exclusiva para aumentar a biodisponibilidade de óleos canabinoides, assim potencializando sua absorção pelo organismo e acelerando os efeitos dos ativos sobre os pacientes. A Thronus é uma empresa com DNA brasileiro, sonhada e liderada pela Drª Mariana Maciel, médica especialista em Medicina canabinoide.
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