sábado, 5 de abril de 2025

Hemorio inicia a campanha Páscoa Solidária

Meta é arrecadar doações de barras de chocolate, caixas de bombom e outras guloseimas, que serão distribuídos aos pacientes onco-hematológicos e hematológicos


 A menina Alice Santos, de 6 anos, é paciente do Hemorio desde os 3 meses de idade. Foto: Divulgação


A campanha Páscoa Solidária do Hemorio está aberta. Até o dia 8 de abril, a unidade estará recebendo doações de barras de chocolate, caixas de bombom e outras guloseimas, que serão distribuídas aos pacientes onco-hematológicos e hematológicos atendidos pelo Hemorio

No ano passado,  cerca de 330 pacientes internados  e de ambulatório foram beneficiados com a campanha. Os interessados podem deixar as doações na sede do Hemorio, localizada no Centro do Rio. 

Moradora de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, a menina Alice Santos, de 6 anos, é paciente do Hemorio desde os 3 meses de idade e realiza tratamento para anemia falciforme. Ela faz um apelo para a arrecadação dos chocolates, que são distribuídos para as crianças e os adolescentes, além das famílias. 

O hospital do Hemorio é exclusivo para pacientes com doença falciforme, sendo referência nessa área no estado, talassemia (distúrbio que provoca anemia crônica), doença de Willebrand (disfunção plaquetária), leucemias, mieloma e múltiplos linfomas.

A ala pediátrica, voltada a crianças e adolescentes, é temática e imita o fundo do mar. Ela foi desenvolvida para humanizar o tratamento. No espaço Henfil, o atendimento é concentrado aos pacientes adultos.

O Hemorio fica na Rua Frei Caneca, 8, Centro do Rio.


quinta-feira, 3 de abril de 2025

Pilates em casa ganha força no Dia Mundial da Atividade Física como opção para quem tem mais de 50 anos

Especialista propõe uso de objetos simples na prática de exercícios de baixo impacto, acessíveis e eficazes na prevenção de dores e lesões


Foto: Divulgação

No próximo 6 de abril, data em que se celebra o Dia Mundial da Atividade Física, a professora e fisioterapeuta Vanessa de Andrade defende que o Pilates em casa é uma alternativa prática e segura para quem deseja manter uma rotina de exercícios após os 50 anos. Com mais de 12 anos de experiência na área e criadora do canal no Youtube “Programa Pilates em Casa”, ela aposta no uso de objetos simples — como cadeira, cabo de vassoura e travesseiro — para a prática de exercícios de baixo impacto voltados à saúde musculoesquelética.

O método é especialmente eficaz para quem enfrenta dores crônicas, como na coluna ou nas articulações, e quer prevenir lesões sem sair de casa”, afirma a especialista. A acessibilidade é um dos pontos-chave da metodologia que ela desenvolveu, pensada especialmente para o público maduro, muitas vezes excluído das rotinas tradicionais de atividade física.

Dados da Previdência Social mostram que as dores na coluna lideram as causas de afastamento do trabalho no Brasil, somando mais de 24 mil casos apenas no primeiro trimestre deste ano. A realidade reforça a importância de práticas preventivas. “Existe um mito de que pessoas com dor devem evitar esforço, mas o Pilates fortalece os músculos estabilizadores da coluna e melhora a postura, o que ajuda no alívio das dores e na autonomia funcional”, explica Vanessa.

Além dos efeitos físicos, os benefícios também se estendem à saúde mental. Durante a menopausa, por exemplo, o método contribui para o equilíbrio hormonal, reduzindo os níveis de cortisol, conhecido como hormônio do estresse, e promovendo a liberação de endorfinas. “É um convite ao autocuidado. Em um momento de tantas transformações, o Pilates oferece reconexão com o próprio corpo e melhora a qualidade de vida”, diz.

Pesquisas confirmam a eficácia da prática. Um estudo da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) aponta que o Pilates reduz dores e melhora a mobilidade em mulheres com osteoartrite. Já o Journal of Bodywork and Movement Therapies reforça os benefícios da técnica no alívio de sintomas de ansiedade e melhora da postura.

A fisioterapeuta também destaca que não é necessário investir em aparelhos ou roupas específicas para começar. “Com um espaço livre e itens do dia a dia, é possível praticar com segurança, desde que a pessoa siga orientações confiáveis. O importante é manter a regularidade e respeitar os limites do corpo”, orienta.

Com quase 140 mil inscritos no YouTube, Vanessa usa suas redes sociais para ampliar o acesso à prática. “A internet democratizou o Pilates. Mesmo quem nunca teve contato com a modalidade pode começar aos poucos e sentir os efeitos logo nas primeiras semanas”, afirma.

Para quem deseja iniciar no Dia Mundial da Atividade Física, a recomendação da especialista é começar com movimentos simples, como alongamentos e exercícios de respiração, e depois evoluir gradualmente para exercícios de fortalecimento. “O importante é sair da inércia com segurança, respeitando o próprio ritmo e entendendo que cuidar do corpo é um investimento para o futuro”, conclui.

Sobre Vanessa de Andrade

Vanessa de Andrade é personal trainer e fisioterapeuta, especializada em ajudar pessoas com mais de 50 anos a viverem sem dores e medicamentos, promovendo assim, um envelhecimento saudável por meio da prática de Pilates em Casa. Utilizando objetos comuns do cotidiano, como travesseiro, cabo de vassoura e cadeira, ela desenvolveu uma metodologia acessível que permite realizar exercícios simples e sem impacto, direcionados para o alívio das dores. 

Seu canal no YouTube, "Programa Pilates em Casa - Vanessa de Andrade", conta com quase 140 mil inscritos, onde ela compartilha aulas e dicas para a prática do Pilates no ambiente domiciliar. No Instagram, Vanessa oferece conteúdos voltados para a redução das dores através do Pilates em Casa, reforçando sua missão de proporcionar qualidade de vida e bem-estar aos seus seguidores.

Para mais informações, visite o Instagram e o Youtube.


quarta-feira, 2 de abril de 2025

Dica de livro: Doutor em Educação questiona política de inclusão total adotada em escolas brasileiras

Pesquisador e ativista Lucelmo Lacerda evidencia a problemática de educar crianças e adolescentes com necessidades especiais apenas em salas de aulas regulares



Em tese, a alocação de crianças e adolescentes neurodivergentes ou com alguma deficiência no ensino regular é essencial para a promoção dos ideais de inclusão social. Na prática, a precariedade das escolas brasileiras, especialmente nas mantidas pelo Poder Público, favorece uma lacuna de aprendizagem que limita os avanços daqueles que mais necessitam de atenção especial. Esta é a reflexão proposta pelo Doutor em Educação Lucelmo Lacerda no livro Crítica à Pseudociência em Educação Especial, publicação da editora Luna Edições.

Na obra, o pesquisador e ativista pelos direitos das pessoas com deficiência, que também é autista e pai de criança autista, destaca a Inclusão Total e a Educação Inclusiva como vertentes antagônicas no debate sobre educação especial. A primeira defende o fim das salas e escolas especializadas, como as APAEs, e a limitação de apoios pedagógicos em prol da integração social. Já a segunda também prioriza a integração, mas luta pela manutenção dos espaços especiais e suporte contínuo por entender a relevância da educação pensada conforme a necessidade de cada aluno.

A escolarização de pessoas com deficiências ou Altas Habilidades/Superdotação exige atenção e apoio especiais e, nos países desenvolvidos, há uma tendência de que isto seja realizado por meio de metodologias que foram testadas, com resultados positivos demonstrados; e não pela alegada “intencionalidade” discursiva de um ou outro autor, instituição ou empresa em relação a sua funcionalidade, que é justamente o que se tem ocorrido no Brasil, resultando em um quadro bastante preocupante, neste quesito. De fato, a perspectiva da “Inclusão Total” é largamente dominante na Academia no Brasil e, apesar do nome lisonjeiro, é uma corrente hostil à ciência e cujos resultados são, demonstradamente, prejudiciais às pessoas com deficiência em seu processo de escolarização, na defesa de que a escola seja plural em sua essência, mas que não se realize nenhum tipo de adaptação para nenhum estudante com deficiência e justamente por isso, não são utilizados nos países com melhor estrutura educacional.

(Crítica à Pseudociência em Educação Especial, pg. 149)

A Inclusão Total, hoje endossada pela Política Nacional de Educação Especial (PNEE) do MEC, é realidade nos ambientes escolares de todo o país. Segundo Lucelmo, este direcionamento, amplamente adotado por ser menos oneroso aos cofres públicos, causa sérios prejuízos para pessoas com Transtornos Mentais, definição meramente didática que engloba condições como o Transtorno do Espectro Autista e de Deficiência Intelectual. Isso porque cada indivíduo necessita de atendimento e estímulos diferenciados conforme suas limitações e possibilidades, cenário impossível em salas de aulas superlotadas e professores sem formação com foco na individualização do ensino.

“Só defende este tipo de inclusão quem não está no dia a dia de uma escola e não convive com essa realidade, porque a educação nesse caso não depende só de boa vontade ou atitude dos educadores, não existe formação técnica para o ensino especializado”, argumenta Lucelmo. Como solução para este dilema, o especialista aponta a priorização das Práticas Baseadas em Evidências, abordagem com viés científico que possibilita a implementação de condutas pedagógicas das quais se conhece a eficácia a partir de pesquisas e estudos.

Em Crítica à Pseudociência em Educação Especial, Lucelmo Lacerda analisa as principais correntes no âmbito da Educação Especial e apresenta dados sobre a temática em diversos países desenvolvidos e na literatura científica, em uma poderosa reflexão neste campo de estudos. “A melhoria da educação passa necessariamente pela organização de um sistema inclusivo, em que salas e escolas especializadas são imprescindíveis, como se faz em todo e qualquer país civilizado do planeta”, reitera.

Ficha técnica

Livro: Crítica à pseudociência em educação especial - Trilhas de uma educação inclusiva baseada em evidências
Autor: Lucelmo Lacerda
Editora: Luna Edições
ISBN: 978-65-999786-0-9
Páginas: 172
Preço: R$ 70
Onde encontrar:
 Luna Edições

Sobre o autor

Lucelmo Lacerda é professor universitário, historiador, psicopedagogo e pesquisador na área de análise do comportamento. Doutor em Educação pela PUC-SP, com pós-doutoramento no departamento de psicologia da UFSCar e Mestre em História pela PUC-SP. Também é pesquisador nos campos de Autismo e Inclusão. Angariou 115 mil seguidores no Instagram e 225 mil inscritos no YouTube especialmente com seu trabalho de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista e quadros assemelhados.

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