sábado, 8 de março de 2025

Andrea Schwarz conquista mercado editorial com livro que prova que sua história não se limita a uma cadeira de rodas

"Eu parei de andar e aprendi a voar" chega ao público com uma mensagem poderosa sobre autonomia e transformação


Escritora Andrea Schwarz. Foto: Divulgação


Andrea Schwarz nunca permitiu que sua identidade fosse definida por um diagnóstico. Sua trajetória não é sobre a perda dos movimentos das pernas, mas sobretudo o que construiu a partir dali. 

Seu novo livro, “Eu parei de andar e aprendi a voar”, publicado pela editora FinAppLab, não é apenas um relato pessoal, mas um convite para enxergar desafios como pontos de partida – e não como barreiras intransponíveis.

Ainda jovem, enquanto cursava a faculdade, Andrea começou a sentir os primeiros sintomas do que mudaria sua vida para sempre. Durante uma viagem, sem aviso, perdeu completamente os movimentos das pernas. O que parecia um episódio isolado se tornou permanente: no hospital, veio o diagnóstico de uma má formação congênita na medula espinhal. Não havia volta, mas havia um caminho.

Diante do inesperado, Andrea tomou uma decisão que mudaria tudo: não seria definida pelas circunstâncias, mas pelas escolhas que faria dali em diante. Sem encontrar espaços para pessoas com deficiência no mercado de trabalho, criou o seu próprio. Ao lado do marido, Jaques Haber, fundou a iigual, uma consultoria especializada em diversidade e inclusão que já ajudou mais de 20 mil profissionais a conquistarem oportunidades no mercado de trabalho. Sua atuação transformadora tornou-a reconhecida como uma das 500 Pessoas Mais Influentes da América Latina pela Bloomberg Línea por quatro anos consecutivos. Também foi nomeada uma das 22 mulheres mais influentes do Brasil pela Marie Claire e recebeu o Prêmio Ibest, colocando o seu perfil entre os dez maiores do país na área de diversidade e inclusão.

Mas Andrea nunca se preocupou em se encaixar em rótulos. Sua vida sempre foi guiada por escolhas e pela recusa em aceitar que houvesse limites para seus sonhos. Como ela mesma diz: “Eu não sou o que me aconteceu. Sou o que escolhi me tornar”.

Agora, ao lançar “Eu parei de andar e aprendi a voar”, Andrea compartilha sua visão com o leitor. O livro não é um manual de como driblar as dificuldades, nem uma biografia convencional. É um chamado para que cada um olhe para sua própria vida e reflita sobre o que está fazendo com as oportunidades que tem. Não importa quais sejam os desafios, sempre há um novo caminho para seguir.

A obra chega ao público pela FinAppLab, editora boutique que aposta em narrativas transformadoras. Para a CEO da editora, Daniela Metzger Rochman, o impacto do livro vai muito além das páginas. “Andrea não apenas narra sua jornada, mas nos desafia a enxergar as nossas com outros olhos. É um livro que faz o leitor sair diferente do que entrou”, afirma.

“Eu parei de andar e aprendi a voar” não é sobre limitações, mas sobre movimento. Porque voar nunca foi sobre ter ou não ter asas – mas sobre a decisão de não ficar no chão.

Foto: Divulgação
Sobre a Autora

Andrea Schwarz é uma empreendedora social, palestrante, influenciadora digital, ativista que transforma desafios em oportunidades. Aos 22 anos, tornou-se uma pessoa com deficiência, e descobriu seu propósito: construir um mundo mais acessível, inclusivo e empático. Fundadora da iigual, consultoria especializada em inclusão e diversidade, a autora já impactou grandes empresas e ajudou mais de 20 mil pessoas com deficiência a entrarem no mercado de trabalho. Foi a primeira mulher com deficiência a ser reconhecida como LinkedIn Top Voice. Foi nomeada entre as 500 Pessoas Mais Influentes da América Latina em 2021, 2022, 2023 e 2024 pela Bloomberg Línea. Entrou na lista das 22 mulheres mais influentes pela revista Marie Claire. Em 2024 Andrea está entre os 10 maiores influenciadores de DEI (IBEST), top 3 Inclusão e Impacto Social (FAVIKON),  Influenciador Linkedin Top 9 Brasil (FAVIKON) e entre os 100 maiores influenciadores de RH (RH Summit) Andrea parou de andar e aprendeu a voar!

Instagram: @dea_schwarz

Linkedin: https://www.linkedin.com/in/andrea-schwarz/


quinta-feira, 6 de março de 2025

Dia Internacional da Mulher: como a desigualdade de gênero afeta o diagnóstico de autismo em mulheres?

Especialista destaca que estereótipos de gênero contribuem para que os sinais do TEA passem despercebidos


Foto: Freepik


O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, é um momento de reflexão não apenas sobre conquistas e desafios, mas também sobre as diversas experiências femininas, como a vivência das mulheres autistas.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas. No entanto, essa estatística está diretamente relacionada a fatores como diferenças genéticas, papéis de gênero e um histórico de subdiagnóstico feminino na medicina.

“Ainda há uma grande desinformação sobre o autismo, e quando falamos de mulheres no espectro, o tema se torna ainda mais negligenciado. O caminho das mulheres autistas é marcado por desafios específicos, desde o diagnóstico tardio ou equivocado até dificuldades no mercado de trabalho e na vida pessoal. Precisamos trazer esse debate à tona constantemente”, afirma a psicóloga Thalita Possmoser, Vice Presidente Clínica da Genial Care

Isso acontece principalmente porque muitas vezes as meninas não se encaixam na maioria dos estereótipos do transtorno e tendem a mascaram seus sintomas muito mais do que meninos.

Ser mulher autista: um desafio invisível

Mulheres autistas enfrentam dificuldades no diagnóstico precoce devido à camuflagem social – um fenômeno no qual elas aprendem a imitar comportamentos socialmente aceitos, o que pode mascarar os sinais de autismo.

Na infância e adolescência, seus sintomas costumam ser interpretados de acordo com expectativas de gênero. Por exemplo, hiperfoco pode ser visto como sinal de inteligência, enquanto dificuldades de socialização e comunicação são frequentemente confundidas com timidez ou sensibilidade excessiva.

Para Thalita, os estereótipos de gênero na infância contribuem para que os sinais do TEA passem despercebidos. “Na vida adulta, esses sintomas podem se acumular e levar a quadros de ansiedade e depressão”.

Pesquisas recentes destacam a complexa relação entre depressão e autismo em mulheres. Estudos indicam que mulheres autistas têm maior propensão a desenvolver depressão e ansiedade ao longo da vida. Um estudo publicado no Journal of Abnormal Child Psychology revelou que indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) são quatro vezes mais propensos a sofrer de depressão ao longo da vida em comparação com indivíduos neurotípicos. 

O diagnóstico, portanto, se torna ainda mais complexo. “Meninas muitas vezes não se encaixam nos estereótipos tradicionais do autismo, o que faz com que seus sintomas sejam mais sutis e camuflados. Isso impacta diretamente a identificação do TEA. O diagnóstico tardio contribui para o aumento da depressão em mulheres autistas. Devido a estereótipos de gênero e à manifestação diferenciada dos sintomas, muitas mulheres só recebem o diagnóstico na idade adulta, após anos enfrentando desafios sociais e emocionais sem a devida compreensão. Essa demora no reconhecimento do TEA pode resultar em sentimentos de inadequação e isolamento, agravando quadros depressivos” a Vice- Presidente Clínica da Genial Care.

Camuflagem social e seus impactos

A camuflagem social envolve estratégias para esconder traços autistas e se adaptar às normas sociais. Pesquisas indicam que mulheres, por serem mais pressionadas desde cedo a se comportarem de maneira “adequada” acabam ocultando características do autismo por anos.

Nos relacionamentos, a camuflagem pode dificultar o reconhecimento de padrões de interação prejudiciais. Dificuldades de compreensão social e comunicação podem resultar em isolamento ou até maior vulnerabilidade a relações abusivas, uma vez que muitas mulheres autistas têm dificuldade em identificar comportamentos manipuladores ou estabelecer limites saudáveis. 

“Sem um diagnóstico ou apoio especializado, muitas acabam sofrendo em silêncio, sem entender as razões de suas dificuldades e sem acesso às ferramentas para lidar com elas”, Thalita Possmoser. 

Como é ser mulher autista no mercado de trabalho?

No mercado de trabalho, a inclusão ainda é um desafio – muitas empresas não reconhecem as necessidades das mulheres autistas e falham em oferecer suporte adequado. O estudo Mulheres Inserção no mercado de trabalho, realizado pela Dieese, revela que o Brasil contava com 90,6 milhões de mulheres com 14 anos ou mais, das quais 47,8 milhões faziam parte da força de trabalho. Já o levantamento da Organização Pan-Americana de Saúde aponta que 70% dos trabalhadores do setor de saúde e social são mulheres.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que 85% dos autistas estão fora do mercado de trabalho. Embora a Lei 8.213/91 estabeleça cotas para a contratação de pessoas com deficiência em empresas com 100 ou mais funcionários, o autismo muitas vezes não é reconhecido como uma deficiência pelos recrutadores, dificultando o acesso a essas oportunidades.

“Participei de um processo seletivo há alguns anos já, para uma vaga em uma grande empresa e quem fez esse processo seletivo foi uma empresa terceirizada, especializada no recrutamento e seleção de pessoas com deficiência. Fui muito bem na entrevista, a recrutadora, super me elogiou, mas eu nunca tive retorno dessa vaga. Não tive qualquer sequência, depois de um tempo em contato novamente com essa empresa, a pessoa que me atendeu ali não sabia que sou autista. Perguntei sobre como eles lidam com currículos, com perfis de pessoas autistas para as vagas de PDC para grandes empresas. E ela me falou que eles não consideram pessoas autistas para as vagas,” relata a autista e TDAH, creator e palestrante, co-fundadora do Meu Mundo Atípico Club com foco em autismo para adultos, Tabata Cristine, que comentou o ocorrido durante sua participação no 2º Congresso Extraordinário da Genial Care e Revista Autismo.

Rede de apoio para mães atípicas: onde ela está?

Muitas mulheres autistas enfrentam dificuldades para acessar redes de cuidado, especialmente quando recebem o diagnóstico na vida adulta ou precisam de suporte para seus filhos atípicos, lidando com sobrecarga emocional e estrutural.  

O levantamento “Cuidando de quem cuida: um panorama sobre as famílias e o autismo no Brasil”, promovido pela Genial Care, revelou que 86% dos cuidadores de crianças com TEA são mães, e 47% delas sentem culpa pela condição do filho. 

pesquisa “Retratos do Autismo no Brasil”, também da Genial Care, mostrou que, dentro da amostra de pessoas autistas, 24,2% são, também, pessoas cuidadoras, o que significa que estão no espectro e também são responsáveis por uma criança com o diagnóstico. Das pessoas respondentes, 65% se identifica como gênero feminino, maioria com faixa etária entre 25 e 34 anos (33%). 

Assim, além de serem maioria na rede de apoio, as mulheres que são mães atípicas enfrentam desafios dobrados ao equilibrar vida pessoal, carreira e os cuidados com filhos também atípicos.

Mais inclusão para todas as mulheres

Neste Dia da Mulher, é essencial ampliar o debate sobre mulheres neurodivergentes e promover mudanças estruturais para que elas sejam reconhecidas, compreendidas e incluídas em todas as esferas da sociedade.

A maioria das mulheres estão mais expostas a situações sociais e são forçadas a se comportarem de forma “adequada” desde muito cedo, fazendo com que muitas características do TEA sejam ocultadas nesse processo.

Por isso a importância da inclusão e representatividade quando falamos em mulheres autistas, para que cada vez mais diagnósticos e intervenções precoces sejam feitas, ajudando a mudar essa realidade e garantir que todas elas consigam desenvolver suas habilidades da melhor forma possível.

Promover a conscientização sobre o transtorno, criar espaços seguros e incentivar a comunicação aberta e honesta são formas de ajudar mulheres autistas a expressarem suas necessidades e desafios.

“A conscientização e a criação de políticas públicas voltadas para esse grupo são passos fundamentais para um futuro mais igualitário e acessível para todas. Nosso desejo é que datas como essas se tornem um marco para a construção de um mundo mais inclusivo, onde todas as mulheres possam viver com dignidade, respeito e oportunidades reais”, finaliza Thalita

Genial Care
Genial Care é uma rede de cuidado de saúde atípica especializada em crianças autistas e suas famílias. Com várias clínicas em todas as regiões de São Paulo, a empresa combina modelos terapêuticos próprios, suporte educacional e tecnologia avançada para promover bem-estar e qualidade de vida no processo de intervenção. Com uma equipe dedicada de mais de 250 profissionais, a Genial Care tem como propósito garantir que cada criança alcance seu máximo potencial.  Saiba mais: Site / YouTube / Instagram / Facebook / LinkedIn 

 

Dia Internacional da Mulher: Um alerta sobre os impactos de abusos e negligências na infância

Em ficção, Maria Tereza Alvim narra a história de irmãos que fogem em busca de uma vida melhor após sofrerem violências



Protagonista de O peso do silêncio, Madalena lida com uma série de tragédias repentinas que impactam sua família, a mais tradicional de uma cidade no interior de Minas Gerais. Após a mãe abandonar os filhos por causa de um casamento conturbado e o pai falecer de uma doença, ela e os três irmãos caçulas se tornam órfãos. Sem a chance de escolher o próprio futuro, os quatro são separados e passam a morar com diferentes pessoas da região.

A obra escrita por Maria Tereza Alvim foca nas histórias dessas crianças que se tornam alvos de inúmeras violências. Os mais novos sofrem maus-tratos psicológicos e físicos das famílias adotivas, enquanto a primogênita enfrenta abusos sexuais do homem com quem é obrigada a viver. Assustada, ela confidencia o problema a uma amiga, mas não sabe o que fazer porque seu abusador detém grande influência entre os moradores. Com poucas alternativas, os irmãos fogem da cidade sem deixar rastros.

A narrativa é dividida em duas perspectivas: a da melhor amiga de Madalena, que mostra os impactos do vazio existente depois do desaparecimento; e a da própria personagem principal, ao relatar as experiências quando encontra um novo lar. À medida que são acolhidos por uma mulher gentil, tragédias continuam a acontecer ao redor dos jovens.

Eu já não tinha muita razão para sorrir e não escondia isso de ninguém, mesmo assim acabei caindo nas graças da Mirtes. Não ligava para mais nada, e, para mim, pouco importava o tempo que teríamos que passar naquele posto de gasolina. Tudo parecia melhor do que a vida que estávamos vivendo em Santo Antônio. Mas confesso que também havia gostado da Mirtes logo de cara. Aquela matrona sabia como cativar as pessoas e sempre tinha uma palavra carinhosa para me tirar do meu estado de apatia. (O peso do silêncio, p. 43-44)

Com essa publicação, a autora busca dar visibilidade a situações comuns em todos os lugares do Brasil, mas que costumam ser guardadas em silêncio pela sociedade. Para mostrar como esses traumas nunca são esquecidos, passado e presente se entrelaçam no livro e revelam as dificuldades vividas pelos personagens em diferentes momentos devido à violência.

Mais que um alerta sobre as consequências dos maus-tratos contra crianças, o livro ressalta a importância de ressignificar os conceitos de família e o poder do acolhimento para curar a dor. Maria Tereza Alvim explica: "meu propósito é abordar temas sensíveis de forma fictícia, reflexiva e com impacto emocional. Quero criar narrativas para dar voz a experiências humanas, mesmo que sejam dolorosas, promovendo a conscientização”.

FICHA TÉCNICA

Título: O peso do silêncio
Subtítulo: Revelações de histórias que nunca foram esquecidas
Autora: Maria Tereza Alvim
ISBN: 978-65-5074-192-1
Páginas: 122
Preço: R$ 42,50 (físico) | R$ 25,80 (e-book)
Onde comprar: Amazon

Sobre a autora: Apaixonada por arte e literatura, Maria Tereza Alvim é escritora, contadora de histórias e artesã. Mineira criada no interior, trabalhou por décadas como secretária e redatora no Palácio dos Despachos do Governo do Estado de Minas Gerais. Também foi assessora-interina de imprensa na Prefeitura de Viçosa. Viúva e mãe de três filhos, aprendeu a ressignificar cada fase da vida com resiliência e leva esses conhecimentos para a escrita. Agora, estreia como romancista com o livro O peso do silêncio.

Redes sociais da autora:

Instagram: @mundo.datereza
Linkedin: Maria Tereza Carreira Alvim Artiaga

Site da autora: https://mundodatereza.com.br/


terça-feira, 4 de março de 2025

Dica de livro: Desafios e dilemas de uma jovem em início de carreira

O romance "Bastidores" conta a história de uma publicitária recém-formada que enfrenta dificuldades profissionais e ressignifica a ideia de sucesso em um ambiente competitivo



Nenhuma carreira é linear. Aquele sonho de se formar, conseguir um bom emprego logo no começo e “subir a escada” corporativa raramente se concretiza, então novos planos precisam ser feitos no caminho. Essa é a realidade do mercado de trabalho, e é também o que a publicitária Lua vivencia em Bastidores. Escrito por Analice Malheiros, o livro narra inseguranças, aprendizados e obstáculos enfrentados por jovens profissionais de diferentes áreas.

A obra acompanha a jornada de uma protagonista que precisa lidar com as frustrações do mundo corporativo. Aos olhos externos, ela parecia ter conquistado grandes metas: depois da faculdade, tornou-se diretora de criação de uma agência de publicidade. Mas o cotidiano era muito diferente de como sonhava, porque a criatividade – sua principal habilidade – parecia não ser tão importante para a empresa.

Lua tinha um sério problema com as segundas-feiras. Já ao se levantar, as mãos suavam muito porque realmente temia encarar os desafios da semana inteira. Durante alguns anos, fez terapia. Amenizou, mas a angústia continuava firme em seus pensamentos e pressionando seu peito. Não eram raras as vezes em que precisava deitar no chão para tentar respirar e recuperar a sanidade. Um desespero que tomava conta de todo o seu corpo, apertando cada músculo de forma bruta e cruel. Uma sensação que não desejava para ninguém. (Bastidores, p. 14)

Além das decepções com a carreira, Lua enfrenta diferentes desafios, como a pressão de provar seu valor em um ambiente competitivo, crises financeiras, síndrome do impostor, problemas em relacionamentos e as dificuldades de ser mulher no mercado de trabalho. Os conflitos dela assemelham-se com o de todos aqueles que, entre as adversidades, precisam descobrir os próprios conceitos de sucesso e felicidade na profissão.

Porém, diante de uma oportunidade que a fará seguir no rumo da produção cultural, a protagonista vai perceber que as vitórias não são apenas aquelas conquistas visíveis citadas em um currículo. O êxito está, também, nas amizades, no amadurecimento pessoal e na determinação de seguir em frente apesar dos obstáculos.

Como publicitária, produtora cultural e empreendedora, Analice Malheiros constrói uma história fiel à realidade sobre a importância de se reinventar e da resiliência em tempos difíceis. “Quero mostrar que o sucesso não é apenas o resultado visível, mas também o fruto das lutas, das quedas e das superações que muitas vezes permanecem escondidas. Minha intenção é inspirar outras mulheres a enfrentarem desafios com coragem e a enxergarem cada obstáculo como uma oportunidade de crescimento”, afirma a autora.

FICHA TÉCNICA

Título: Bastidores
Autora: Analice Malheiros
ISBN: 6550741858
Páginas: 204
Preço: R$ 42,50
Onde comprar: Amazon 

Sobre a autora: Analice Malheiros é publicitária, produtora cultural e diretora de uma agência de comunicação. Com décadas de experiência, ela desenvolve projetos para promover educação e acesso à cultura, além de contribuir para fortalecer a presença feminina no mercado. Pós-graduada em Comunicação e Marketing, com MBA em Marketing, Lançamentos Digitais e Redes Sociais e Certificação Internacional pela DMI em Marketing Digital, estreia na literatura com o livro Bastidores, que reflete sobre as dificuldades dos jovens em início de carreira e a importância de ressignificar os sucessos na jornada profissional.

Redes sociais da autora:

Instagram: @analicemalheiros
Facebook: /analice.malheiros


segunda-feira, 3 de março de 2025

Evitar excessos é o segredo para chegar bem-disposto ao fim do carnaval, segundo especialistas do HSPE

Ideal é descansar nos últimas dias do feriado, a fim de voltar à rotina disposto e focado


Foto: Divulgação

Para os foliões não chegarem em cinzas, mas bem-dispostos ao fim do Carnaval, os especialistas do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) indicam evitar os excessos durante as festas. Para isso, a orientação é fazer refeições leves, hidratar-se constantemente, principalmente se consumir bebida alcoólica, e manter a rotina de descanso com no mínimo 8h de sono por noite. Cansaço, mal-estar e enjoo são sinais de que o corpo precisa de repouso.

O Carnaval pode ser prova de resistência com as longas caminhadas sob sol forte, as refeições de baixo valor nutricional, o consumo de álcool além do habitual, e as pouquíssimas horas de sono. O resultado desse comportamento é o mal-estar físico e emocional.

Durante as festas, é aconselhável realizar refeições leves com legumes, verduras e frutas frescas. Para evitar alimentos diferentes dos habituais, o ideal é preparar lanches para comer durante um bloquinho e outro. Para quem for consumir bebida alcoólica, a dica é realizar pausas para hidratação com água potável. Também é importantíssimo descansar e dormir no mínimo por 8h para ocorrer o sono reparador.

Pessoa idosas devem manter a rotina de descanso, alimentação e hidratação o máximo possível para evitar mal-estar. As alterações metabólicas comuns do envelhecimento tornam necessário mais tempo de repouso para que a disposição seja mantida.

Atenção aos sintomas gripais. Durante o Carnaval é comum aglomerações, o que facilita a circulação de vírus. Para evitar o contágio de mais pessoas, faça repouso e, caso os sintomas se intensifiquem, procure por atendimento médico.

A especialista em emergências clínicas do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) Dra. Daniele Mansanoexplica que emendar a folia às atividades habituais pode ser uma escolha ruim. "Caso o corpo não tenha o tempo adequado para realizar a regeneração após as festas, a volta à rotina vai ser mais difícil. Por isso, os últimos dias do Carnaval devem ser de descanso", aconselha a especialista.

Fonte: www.iamspe.sp.gov.br/hospital-do-servidor-publico-estadual/


Março Azul Marinho: descubra 8 mitos e verdades sobre o câncer colorretal

Oncologista esclarece dúvidas sobre o tumor, que terá mais de 45 mil novos diagnósticos até o final de 2025


Foto: Divulgação


Com uma incidência crescente a partir dos 50 anos, o tumor colorretal se desenvolve no intestino grosso, também chamado de cólon, ou no reto. Vale lembrar ainda que o principal tipo é o adenocarcinoma e, em cerca de 90% dos casos, ele se origina a partir de pólipos na região que, se não identificados e tratados, podem sofrer alterações ao longo dos anos, tornando-se malignos. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é estimado que no triênio 2023-2025 haja 45.630 casos da doença em homens e mulheres a cada ano.

Apesar de a doença muitas vezes ser silenciosa, o paciente deve observar se há alterações do hábito intestinal, tais como constipação, diarréia, afilamento das fezes, ausência da sensação de alívio após a evacuação (como se nem todo conteúdo fecal fosse eliminado), massas palpáveis no abdome, sangue nas fezes, dores abdominais, perda de peso sem motivo aparente, fraqueza e sensação de fadiga”, explica Artur Ferreira, oncologista da Oncoclínicas São Paulo. Entre os fatores de risco destacam-se: consumo de dietas ricas em alimentos ultra processados e pobres em vegetais, alto consumo de carnes vermelhas, sobrepeso e obesidade, inatividade física, tabagismo e a presença de doenças inflamatórias intestinais como a retocolite ulcerativa. Fatores hereditários também são importantes, mas o especialista ressalta que eles exercem menor influência no surgimento do tumor colorretal do que as causas listadas.

Em boa parte dos casos, felizmente o câncer colorretal é curável. No entanto, é essencial que o diagnóstico aconteça precocemente, aumentando assim o sucesso do tratamento.

Por isso, é importante o rastreamento precoce, quando adequadamente indicado, para que o tumor seja identificado em sua fase inicial. "Diferentemente do câncer de mama, por exemplo, onde a doença é identificada com os exames de rotina geralmente em fase inicial, já instalado, o tumor colorretal pode ser descoberto em sua fase pré-cancerosa com a colonoscopia. Uma vez diagnosticado, a equipe multidisciplinar irá avaliar cada caso individualmente, selecionando as estratégias e opções mais adequadas a cada paciente", comenta o oncologista da Oncoclínicas São Paulo.

Os tratamentos para a neoplasia colorretal podem ser agrupados em dois tipos:

  •     Tratamentos locais (cirurgia, radioterapia, embolização e ablação): agem diretamente no tumor, sem afetar o restante do corpo. Podem ser realizados nos estadios iniciais da doença ou ainda em metástases isoladas
  •     Tratamentos sistêmicos (quimioterapia, imunoterapia ou terapias-alvo): neste grupo, incluímos as drogas orais (comprimidos) ou endovenosas (na veia), aplicando diretamente na corrente sanguínea. Agem de maneira global no organismo e podem ser indicadas tanto com o objetivo curativo quanto paliativo.

Embora seja bastante prevalente, o câncer colorretal ainda é motivo de muitas dúvidas que acabam criando crenças que não correspondem à realidade sobre a doença e podem inclusive atrapalhar o diagnóstico e manejo. A seguir, o Dr. Artur Ferreira esclarece os dez principais mitos e verdades sobre a doença:

Todas as pessoas que têm câncer colorretal precisam usar bolsa de colostomia.

MITO. A colostomia (situação em que o intestino se exterioriza através de um orificio na parede do abdome para a eliminação das fezes) é uma estratégia utilizada apenas em alguns casos de câncer colorretal – por exemplo: após urgências médicas, como obstruções ou perfurações intestinais, cirurgias de emergência ou tumores localizados no canal anal ou na parte mais baixa do reto.

Com a evolução das técnicas cirúrgicas e a otimização dos cuidados ao paciente, a probabilidade de uma pessoa necessitar de colostomia reduziu drasticamente.

Quando necessário, o procedimento é realizado com o intuito de permitir a eliminação das fezes para uma bolsa coletora de forma temporária ou permanente, a depender do caso.

A colostomia temporária é indicada quando a doença que acomete o cólon pode ser tratada e há expectativa de reconstrução do trânsito intestinal em um futuro próximo. Já a colostomia definitiva é realizada quando o problema que bloqueia o trajeto intestinal não pode ser corrigido ou quando o tratamento cirúrgico envolve a remoção do ânus ou porção final do reto, tornando inviável a reconstrução do trânsito intestinal.

Quem tem intestino preso tem mais risco de desenvolver câncer colorretal.

DEPENDE. Em teoria, pode-se observar um risco aumentado do câncer colorretal em pacientes com intestino preso (constipação), pois tempos prolongados de trânsito do intestino podem aumentar o tempo de exposição da parede intestinal às substâncias que estimulam o surgimento do câncer presentes nas fezes (carcinógenos).

Além disso, a constipação altera a flora bacteriana local, e pesquisas recentes sugerem que infecções intestinais por bactérias específicas podem aumentar o risco de tumores colorretais.

Porém, deve ficar claro que intestino preso não é um fator clássico de risco e os resultados acerca desta relação são conflitantes. Merecem mais importância, neste contexto: idade, obesidade, sedentarismo, dietas ricas em carne vermelha e pobres em vegetais/fibras, diabetes e tabagismo.

Homens estão mais propensos a ter câncer colorretal.

VERDADE. A diferença não é tão grande (por isso não motiva diferenças nas diretrizes de rastreamento da doença de acordo com o sexo), mas existe. Em termos absolutos e em nível mundial, indivíduos do sexo masculino são mais propensos a ter câncer colorretal. A estimativa mundial para o ano de 2020 apontou cerca de 1,9 milhão de novos casos, cerca de 1,1 milhão de casos novos em homens e 800 mil casos novos em mulheres.

Se um pólipo for detectado, é certeza de que o câncer logo aparecerá.

MITO. É fato que a maioria dos tumores colorretais surge a partir da transformação maligna de pólipos intestinais, mas apenas uma pequena parcela desses pólipos progredirá para tumores. Por esse motivo, quando um pólipo é detectado no exame de colonoscopia, deve ser removido e analisado por um patologista.

Comer carne vermelha e carne processada em excesso pode levar ao câncer colorretal.

VERDADE. Dietas ricas em carne vermelha e em carnes processadas estão associadas a um maior risco de surgimento do câncer colorretal, conforme ratificado em relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) de 2015. Em números, entende-se por consumo excessivo desses tipos de alimentos o que passe de 100 gramas por dia de carne vermelha e de 50 gramas por dia de carne processada. O ideal é que o consumo desse tipo de alimento seja limitado no máximo a duas vezes por semana e, nas outras refeições, substituído por carnes brancas, ovos, derivados de soja e outras fontes de proteína.

O câncer colorretal sempre apresenta sintomas - logo, se não houver dor na região, não é necessário se preocupar.

MITO. Isso é válido não apenas para os tumores colorretais, mas também para todos os tipos de tumores de forma geral: a ausência de sintomas não significa ausência de doença. Inclusive é importante destacar que nas fases iniciais, os tumores não costumam gerar sintomas e, quando presentes, eles podem ser confundidos com um mal estar passageiro, como uma dor abdominal inespecífica, perda de peso sem motivo aparente ou alguma mudança no padrão de evacuação. Por isso, é importante estar atento aos check-ups de rotina e respeitar as indicações de rastreamento orientadas pela equipe médica.

Algumas doenças inflamatórias podem aumentar o risco de câncer colorretal.

VERDADE. Entre os fatores relacionados ao surgimento de tumores colorretais, as doenças inflamatórias intestinais são causas bem conhecidas e associadas ao aumento do risco. Nos casos de retocolite grave e extensa, por exemplo, o risco de desenvolvimento de câncer colorretal pode ser 5 a 15 vezes maior em relação à população geral.

É possível prevenir sempre.

MITO. Dentre os fatores de risco do câncer colorretal, como dito anteriormente, é possível observar uma relação com os hábitos alimentares e de vida, além de condições prévias de saúde. Como forma de prevenção, o oncologista reforça que é necessário seguir algumas orientações.

"Deve-se investir em uma dieta rica em fibras e uma menor ingesta de carnes vermelhas e  processadas, praticar atividades físicas, evitar bebidas alcoólicas e tabagismo e, manter ativo fisicamente e com peso adequado. Além disso, é importante investigar se o paciente possui doenças inflamatórias intestinais crônicas, como a doença de Crohn ou colite ulcerativa e, se presentes tratá-las. A observação de todos esses pontos certamente reduz em muito o risco, porém não o elimina por completo", finaliza Artur Ferreira.

Fonte: www.grupooncoclinicas.com/ 


Como curtir o Carnaval sem dor nos pés ou na coluna

Segundo o ortopedista Dr. Brasil Sales, problemas musculoesqueléticos são comuns durante a folia, mas podem ser evitados com um pouco de atenção


Bloco Terreirada desfila na Zona Norte do Rio. Foto: Fernando Maia/Riotur


Fantasias coloridas, blocos animados e muita dança fazem do Carnaval uma das festas mais esperadas do ano. Mas, para muitos foliões, o excesso de horas em pé, calçados inadequados e posturas incorretas podem resultar em dores na coluna e nos pés, atrapalhando a diversão. Para curtir sem desconforto, é essencial tomar alguns cuidados ortopédicos antes, durante e depois da festa.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), problemas musculoesqueléticos são comuns no Carnaval, especialmente entre aqueles que passam horas caminhando ou dançando em calçados sem suporte adequado. A sobrecarga na coluna, nos joelhos e nos pés pode causar inflamações, dores crônicas e até lesões mais sérias, tornando a prevenção fundamental.

Segundo o Dr. Brasil Sales, ortopedista, acupunturista e especialista em medicina intervencionista da dor, a escolha do calçado é um dos principais fatores para evitar dores e lesões durante as festas carnavalescas. “O ideal é optar por tênis ou sapatos com amortecimento e bom suporte para os pés. Sandálias rasteiras, chinelos e saltos podem sobrecarregar a coluna e as articulações, aumentando o risco de dores e lesões”, orienta.

Ele lembra que o uso de saltos muito altos pode, inclusive, causar entorses de tornozelo, joelho e fraturas. “Quanto maior o tamanho do salto, maior é a alteração da distribuição de peso nos pés”, diz o Dr. Brasil.

Como evitar dores nas articulações

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, aproximadamente 21,6% dos adultos brasileiros relataram sofrer de dor crônica na coluna, com maior prevalência entre mulheres e aumento significativo com a idade. “No Carnaval, foliões que já têm dor precisam redobrar os cuidados para não piorar a situação”, alerta o Dr. Brasil Sales. 

O médico explica que intercalar momentos de descanso durante a folia é fundamental para evitar sobrecarga nos joelhos e tornozelos. “Além disso, beber bastante água auxilia na lubrificação das articulações, diminuindo o impacto causado pelo esforço prolongado”, afirma.

O alongamento também deve ser colocado na lista de ações essenciais. “Alongar-se antes de sair para os blocos ajuda a preparar a musculatura e prevenir lesões. Após a festa, dedicar alguns minutos ao alongamento pode aliviar tensões e minimizar o risco de dores no dia seguinte”, explica o especialista.

Fantasia leve, coluna feliz

O peso das fantasias precisa ser um ponto de atenção para quem vai desfilar no Carnaval. Se forem muito pesadas ou exigirem movimentos repetitivos, podem causar dores na lombar e nos ombros, por isso, segundo o ortopedista, o ideal é escolher adereços leves e bem ajustados ao corpo.

Além disso, o Dr. Brasil Sales recomenda que os foliões evitem permanecer muito tempo na mesma posição e mantenham a postura ereta ao dançar e caminhar para reduzir o impacto sobre a coluna. “Se possível, o ideal é fazer pequenas pausas para alongar-se durante a folia para prevenir desconfortos”, diz ele.

O especialista ressalta que o Carnaval pode e deve ser aproveitado com energia e disposição, desde que o corpo seja preparado para o ritmo intenso da festa. “Escolher os calçados certos, respeitar os limites e manter a postura adequada são atitudes simples que fazem toda a diferença. Assim, é possível curtir cada momento sem preocupações com dores ou lesões”, finaliza o médico. 

Confiras as principais orientações para uma folia sem dor:

  • Uso de calçados adequados: é melhor optar por tênis ou sapatos com amortecimento e bom suporte; evitando chinelos, rasteirinhas e saltos para não sobrecarregar os pés e a coluna.
  • Alongamento antes e depois da folia: eles ajudam a preparar a musculatura antes de sair e aliviar tensões ao retornar.
  • Intercalar momentos de descanso: o ideal é evitar sobrecarga nas articulações alternando períodos de movimento e pausas.
  • Cuidados com o peso da fantasia: escolha adereços leves e bem ajustados ao corpo para evitar dores na lombar e nos ombros.
  • Postura correta: ao dançar e caminhar, é preciso manter a coluna alinhada e fazer pequenas pausas para alongar.

Sobre o Dr. Brasil Sales

Foto: Divulgação
Dr. Brasil Sales é ortopedista, acupunturista e especialista em medicina intervencionista da dor, com formação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Realizou residência em Ortopedia e Traumatologia no Núcleo Hospitalar Universitário (UFMS) e especialização em Cirurgia de Joelho na Clínica Ortopédica Cidade Jardim, em São Paulo. É membro de diversas sociedades médicas, incluindo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e o Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA).

Atua em várias cidades do Mato Grosso, oferecendo tratamentos como viscosuplementação, infiltração de pontos-gatilho, mesoterapia, acupuntura, eletroestimulação e terapia por ondas de choque. Seu compromisso é proporcionar cuidados de saúde especializados e acessíveis, visando o alívio da dor e a melhoria da qualidade de vida de seus pacientes.

Para mais informações, visite o Instagram em: https://www.instagram.com/dr.brasilsales/

 

Dia da Audição: Você está escutando bem?

No Dia da Audição, 03 de março,  especialista da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) dá dicas e alerta sobre como cuidar da saúde auditiva


Foto: Divulgação


A audição desempenha um papel de extrema importância na vida dos seres humanos, estando presente em sua  comunicação, aprendizado e na  conexão com o mundo ao redor. No Brasil, dados de 2023 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram que 5% da população, ou seja, mais de 10 milhões de pessoas, vivem com deficiência auditiva, o que reforça a importância de se conscientizar sobre os cuidados da saúde auditiva.

A perda da audição tem se tornado uma preocupação global crescente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050, cerca de 2,5 bilhões de pessoas poderão apresentar algum grau de deficiência. De acordo com o Dr. Fernando Balsalobre, otorrinolaringologista membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), a perda da audição, se não tratada adequadamente, pode afetar a qualidade de vida e até gerar problemas psicológicos, como a depressão, devido ao isolamento social.

Em grande parte dos casos a perda auditiva é causada devido a super exposição a ruídos e altos sons. A OMS alerta que ruídos acima de 75 decibeis (dB) são prejudiciais, e estudos do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) indicam que aproximadamente 1 bilhão de pessoas estão em risco devido à exposição excessiva ao ruído, especialmente em ambientes como shows, festas e locais de trabalho”, alerta o especialista.

Diante desse cenário alarmante, é fundamental a adoção de medidas preventivas, como também,  a realização de exames regulares, para preservar a saúde do ouvido e prevenir a sua perda precoce.  “A audição deve ser monitorada ao longo de toda a vida. Além de evitar exposições excessivas ao som, é essencial realizar exames periódicos, como a audiometria, que pode detectar problemas auditivos antes mesmo que os sintomas mais evidentes apareçam”, afirma o otorrinolaringologista.

Além disso, a manutenção de uma boa saúde auditiva também envolve cuidados com a higiene do ouvido. O uso inadequado de cotonetes, por exemplo, pode levar à formação de cerúmen impactado, que pode causar desconforto e até afetar a audição. "A perda auditiva pode ser silenciosa, muitas vezes surgindo de forma gradual. Por isso, é fundamental que as pessoas se atentem a qualquer alteração, como dificuldade para compreender conversas ou zumbido constante nos ouvidos”, complementa o Doutor Fernando.

Dicas de cuidados com a saúde auditiva:

1. Evite exposição a ruídos altos:  Se possível, use protetores auditivos em ambientes ruidosos.

2. Realize exames auditivos periódicos A detecção precoce de problemas auditivos é essencial.

3. Mantenha a higiene adequada dos ouvidos: Nunca insira objetos no canal auditivo.

4. Preste atenção em sinais de perda auditiva: Dificuldade em ouvir conversas ou zumbido nos ouvidos pode ser um sinal de alerta.

Sobre a ABORL-CCF 

Com 75 anos de atuação entre Federação, Sociedade e Associação, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Departamento de Otorrinolaringologia da Associação Médica Brasileira (AMB), promove o desenvolvimento da especialidade por meio de seus cursos, congressos, projetos de educação médica e intercâmbios científicos, entre outras entidades nacionais e internacionais. Busca também a defesa da especialidade e luta por melhores formas para uma remuneração justa em prol dos mais de 8.600 otorrinolaringologistas em todo o país.


terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Psiquiatra lança livro com diretrizes para o cuidado em saúde mental e sexual para pessoas LGBTQIAPN+

Compilado apresenta relatos de casos clínicos e tenta ajudar profissionais da saúde a melhor atenderem as necessidades e vulnerabilidades desta população dentro dos sistemas de saúde do país



A psiquiatra e educadora sexual, especialista em Dependência Química e Sexualidade Humana, Alessandra Diehl, lança, no dia 25 de fevereiro, às 20h, no Espaço Clif (Botafogo), o livro Casos Clínicos LGBTQIAPN+ Diretrizes para o cuidado em saúde mental e sexual. O evento contará com sessão de autógrafos e roda de conversa com a participação de especialistas e ativistas, além do debate sobre um dos casos clínicos do livro: o etarismo na população LGBT. Haverá ainda a participação da drag queen Dimmy Kieer, personagem do Ex-BBB Dicesar. 

Membro do conselho consultivo da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e outras Drogas (ABEAD), Diehl destaca que os estudos e a prática clínica mostram que pessoas LGBTQIAPN+ enfrentam piores condições de vida, saúde mental e taxas de violência do que os seus pares cisgêneros heterossexuais. O livro destina-se a orientar profissionais da saúde e educadores a lidar de forma mais afirmativa com o público LGBTQIAPN+ sem preconceito ou melindres, falando sem medo sobre gênero e orientação sexual. 

Cada vez há uma maior necessidade de compreensão e aprimoramento das habilidades clínicas por parte dos profissionais da saúde, incluindo os da saúde mental, para lidar com experiências específicas dessa população ao longo de seu curso de vida. Características como idade, raça e etnia, escolaridade e status social se cruzam para desempenhar um papel distinto nos desafios e oportunidades que as pessoas LGBTQIAPN+ enfrentam em seu cotidiano. Homens gays mais velhos, por exemplo, podem enfrentar preconceitos dentro e fora da comunidade LGBTQIAPN+, onde a juventude, beleza e “corpo malhado” são muitas vezes supervalorizados e idealizados. Dentro da comunidade, homens mais velhos podem sentir-se menos desejáveis, o que pode impactar na sua autoestima e saúde mental. Fora da comunidade, eles podem enfrentar discriminação dupla: por serem mais velhos e por sua orientação sexual. Nesse contexto, Alessandra Diehl reúne neste livro destacados profissionais brasileiros para relatarem, por meio de casos clínicos, sua prática no atendimento de saúde mental e sexual a essa população.



A população LGBTQIAPN+ têm altas taxas de depressão, ansiedade e risco de suicídio, além de problemas ocasionados pelo consumo de substâncias. E essa população partilha experiências semelhantes de estigmatização, marginalização, abuso sexual, infecção pelo HIV, violação dos direitos civis e assédio no acesso aos serviços de saúde. Em especial para a população transexual, os serviços públicos do Brasil, por exemplo, ainda são muito escassos e inadequados para a forte procura de potenciais usuários do sistema público e privado”, afirma.

Segundo ela, embora o Brasil tenha utilizado legislação para promover a prestação de serviços de saúde abrangentes para o terceiro gênero, ainda existe uma forte resistência à implementação de tais leis e políticas. “O Brasil, enfrenta um enorme desafio para se tornar um país onde todos os direitos humanos sejam respeitados”, destaca Diehl.

Segundo o Observatório 2023 de Mortes Violentas de LGBT+ no Brasil, o Brasil continuou sendo em 2023 o campeão mundial de homicídios e suicídios de LGBT+. Foram 257 mortes violentas documentadas, uma morte a cada 34 horas! Um caso a mais do que o registrado em 2022. Os dados são divulgados desde 1980 pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), a mais antiga ONG LGBT da América Latina.

A pesquisadora aponta ainda para os riscos causados pelas micro violências, que não são apenas de riscos físicos e emocionais, mas também da marginalização social que esses indivíduos enfrentam diariamente. “Podemos entender micro violências como expressões e comportamentos cotidianos fortemente enraizados em algumas culturas. São falas ou olhares que vão, de alguma forma, passar pelos preconceitos existentes na sociedade. E entre profissionais de saúde isso também acontece, infelizmente, ferindo e causando ainda mais dor psicológica para essas pessoas já tão estigmatizadas”, conclui a psiquiatra, uma das referências nacionais na área das adições e da sexualidade humana, autora e colaboradora de diversos livros sobre o tema.

Serviço:

Lançamento do livro – Casos Clínicos LGBTQIAPN+. Diretrizes para o cuidado em saúde mental e sexual

Autora: Alessandra Diehl

Editora: Artmed

Páginas: 160

Preço: R$75,00

Data: 25/02 – 20h

Local: Clínica Espaço Clif

Endereço: Rua das Palmeiras, 46

Inscrição para o lançamento: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdk2wSPMKE1v6QzFGvE_lTCxUz3AVKKARWg1zGYoOGF85r0rg/viewform  


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Carnaval 2005: Hemorio abre bloco da solidariedade para atrair doadores de sangue

Campanha de Carnaval terá programação especial em período de queda dos estoques



O bloco da solidariedade vai tomar conta do Hemorio a partir desta segunda-feira (24/02). Para reforçar os estoques de sangue antes do Carnaval, a campanha ‘ERREJOTA Sangue Bom’, que acontecerá até a quarta-feira de cinzas (05/03), levará o clima da folia para o salão dos doadores, com a participação de blocos e de baterias de escolas de samba.

O período de carnaval no Rio de Janeiro é um grande desafio para a unidade em função da histórica queda nas doações, que pode chegar a 30%. “É muito importante garantir que os estoques estejam abastecidos para dar suporte às pessoas que precisam, permitindo que possamos comemorar de forma tranquila. Nossa preocupação é com a queda significativa, justamente no período do aumento da demanda”, disse o diretor do Hemorio, Luiz Amorim.

O estoque de sangue do Hemorio abastece 100 unidades públicas de saúde, entre elas, todos os grandes hospitais de emergência do estado e unidades da rede federal, além da própria unidade, que atende a pacientes com doenças hematológicas, como anemia falciforme, hemofilia, leucemia, entre outras.

O horário e os dias de atendimento no Hemorio permanecerão o mesmo nos dias de Carnaval: todos os dias da semana, incluindo feriados, das 7h às 18h.

Sobre a campanha

Os voluntários que doarem nesse período receberão um lanche especial, com sabores típicos do verão carioca oferecido pelos parceiros biscoito Globo e o sorvete Moleka. Na segunda-feira (24), a bateria da escola de samba Beija-Flor estará na unidade, das 10h às 11h. Na terça-feira (25), é a vez da bateria Medalha de Ouro. A bateria da escola de samba Mangueira vai se apresentar na quinta-feira (27), às 11h. 

A campanha também contará com mensagens de apoio de personalidades do samba nas redes sociais do @hemorio, incentivando a participação da população. Fernanda Abreu, Milton Cunha e Selminha Sorriso abrilhantam o grupo. 

No Instagram, os doadores poderão participar do concurso da fantasia mais criativa, usando adereços carnavalescos na hora da doação. O vencedor terá sua foto publicada no feed oficial do Hemorio e receberá um kit especial dos parceiros da campanha, com camisa autografada pela embaixatriz carioca.

Requisitos para ser um doador

Para doar sangue é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 kg, estar bem de saúde e portar um documento de identidade oficial com foto. Jovens com 16 e 17 anos só podem doar sangue com autorização dos pais ou responsáveis legais (o modelo da autorização pode ser adquirido no site do Hemorio: www.hemorio.rj.gov.br). Não é necessário estar em jejum, apenas se deve evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação. O Hemorio funciona todos os dias, das 7h às 18h, incluindo sábados, domingos e feriados, na Rua Frei Caneca, n° 8, no Centro do Rio.

Serviço:

Errejota Sangue Bom

Endereço: Rua Frei Caneca, nº8 – Centro, Rio de Janeiro

Datas:

Segunda (24/02) - 10h às 11h - Beija-Flor de Nilópolis

Terça-feira (25/02) - 11h - Unidos de Vila Isabel

Quarta-feira (26/02) - 11h - Bateria Medalha de Ouro

Quinta-feira (27/02) - 11h - Bateria da Estação Primeira de Mangueira

Sexta-feira (28/02) - Bateria Vanguarda

 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Dica de livro: Pesquisadora defende a ciência como estratégia de gestão para líderes

Em livro, Marcia Esteves Agostinho revela aplicação dos conceitos da Teoria da Complexidade para solucionar dilemas nas organizações



Com os desafios do universo corporativo cada vez mais dinâmicos e interconectados, surge a necessidade de novas abordagens para enfrentar os problemas emergentes. É nesse contexto que a Matrix Editora lança Gerir Como um Cientista, assinado pela doutora e pesquisadora Marcia Esteves Agostinho.

A obra, vencedora do 2º Concurso Escritores Admiráveis, convida gestores e profissionais de diversas áreas a revisitar os conceitos de liderança e administração sob a ótica da Teoria da Complexidade. Essa área de estudo busca compreender sistemas complexos que interagem de maneira dinâmica e imprevisível e podem ser encontrados em áreas como a biologia, economia, física e sociologia.

No livro, a autora aplica os conceitos da Teoria da Complexidade na gestão organizacional ao propor um modelo inovador, inspirado por princípios científicos, que compreende as empresas como sistemas vivos, complexos e interdependentes. A autora explora temas como autonomia, cooperação, auto-organização e a valorização da capacidade reflexiva, oferecendo ao leitor ferramentas teóricas e práticas para adaptar suas habilidades gerenciais às demandas de um mundo em constante transformação.

Dividida em cinco capítulos, a obra apresenta uma introdução aos desafios contemporâneos da gestão e expõe as ciências da complexidade como ferramentas para enfrentá-los. Um dos destaques do livro é a abordagem centrada na autonomia, que promove empresas mais adaptativas e resilientes. Marcia também compartilha um estudo de caso sobre empresas de biotecnologia no Brasil, ilustrando como os princípios apresentados podem ser aplicados na prática. No capítulo final, a autora desafia os leitores a refletirem sobre o propósito das organizações, levantando uma questão provocativa: “A quem elas servem?”

Gerir Como um Cientista é uma leitura indispensável para gestores de todos os níveis hierárquicos, jovens profissionais que aspiram a cargos de liderança e todos aqueles que desejam repensar suas práticas de gestão. A obra é especialmente relevante para quem busca soluções modernas e adaptativas que vão além dos modelos tradicionais de administração. Mais do que um guia prático, o livro promove uma transformação no olhar do leitor, mostrando que a ciência pode – e deve – ser uma aliada poderosa na condução de negócios rumo ao sucesso.

Ficha técnica

Livro: Gerir Como um Cientista - Os quatro princípios gerenciais das organizações adaptativas
Autoria: Marcia Esteves Agostinho
Editora: Matrix Editora
ISBN: 978-6556165257
Páginas: 162
Preço: R$ 34,00
Onde encontrar: AmazonMatrix Editora

Sobre a autora

Marcia Esteves Agostinho é pioneira no estudo da Teoria da Complexidade aplicada à gestão. Neste livro, ela integra de maneira única sua experiência no ambiente corporativo, adquirida em grandes empresas de consultoria internacionais, com seu conhecimento teórico e científico. Com doutorado em Engenharia pela COPPE-UFRJ e em História pela Universidade de Rochester, Nova York (Estados Unidos), Marcia tem livros e artigos científicos publicados no Brasil e no exterior. Combinando uma rica vivência profissional com uma sólida formação acadêmica, a autora é uma referência essencial na área

Redes sociais da autora

Sobre o concurso

O concurso Escritores Admiráveis, promovido por Lilian Cardoso, CEO da LC – Agência de Comunicação, é uma oportunidade para que talentos literários sejam conhecidos e reconhecidos pelo grande público. O maranhense Chico Fonseca, com o romance “Amores, Marias, Marés”, foi o ganhador da primeira edição. Em seu segundo ano, a honraria foi conquistada pela pesquisadora Marcia Esteves Agostinho com a obra “Gerir Como um Cientista”. Além da publicação e distribuição nos principais pontos de vendas do país, por meio das editoras parceiras, os vencedores também têm as obras divulgadas para a imprensa, blogs e influenciadores.

Sobre a Matrix Editora

Apostar em novos talentos, formatos e leitores. Essa é a marca da Matrix Editora, desde a sua fundação em 1999. A Matrix é hoje uma das mais respeitadas editoras do país, com mais de 1.000 títulos publicados e oito novos lançamentos todos os meses. A editora se especializou em livros de não-ficção, como biografias e livros-reportagem, além de obras de negócios, motivacionais e livros infantis. Os títulos editados pela Matrix são distribuídos para livrarias de todo o Brasil e também são comercializados no site www.matrixeditora.com.br.



sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Saúde realiza ação de combate a dengue para o carnaval

Santa Teresa foi um dos bairros vistoriados nesta quinta-feira (13)


Foto: Edu kapps/SMS


Desde o dia 30 de janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro vem realizando uma série de ações para prevenir as arboviroses no carnaval. As equipes de Vigilância em Saúde realizam vistorias em imóveis e nos arredores do território para eliminar ou tratar possíveis focos do Aedes aegypti. O objetivo é evitar a infestação de mosquitos nas áreas que receberão grande concentração de público durante o carnaval, protegendo também os moradores das ruas próximas. 

Por ser o carnaval uma festa típica do país e atrair muitos turistas para a cidade do Rio, o cenário favorece a importação e transmissão de doenças causadas pelo mosquito da dengue. A maior preocupação é com o sorotipo 3, que está circulando em outras regiões do país, porém ainda não no Rio. 

"Para garantir um carnaval que possa ser aproveitado com mais segurança e proteção à saúde, a SMS está realizando uma série de ações de combate ao mosquito transmissor da dengue e outras arboviroses em locais de grande circulação dos blocos. Hoje, a ação foi realizada em Santa Teresa, visando minimizar os casos de arboviroses, já que a cidade do Rio irá receber turistas de outros estados e nosso objetivo é prevenir casos e a circulação do sorotipo 3, que já há registro de casos em outras partes do país", informa a superintendente de Vigilância em Saúde, Gislani Mateus.


Foto: Edu kapps/SMS


Até o momento, já foram realizadas 25 ações de prevenção das arboviroses em circuitos do carnaval, que envolveram a participação de 461 profissionais de vigilância em saúde. Além do sambódromo, os agentes também visitaram 11.168 imóveis nas regiões do Centro, Ipanema, Laranjeiras, São Conrado, Tijuca, Freguesia (Ilha do Governador), Zumbi, Piedade, Bento Ribeiro, Parque Anchieta, Cidade de Deus, Freguesia (Jacarepaguá), Realengo, Campo Grande, Inhoaíba, Pedra de Guaratiba, Santíssimo e Santa Cruz. Foram tratados ou eliminados 3.289 depósitos que poderiam servir de criadouro para o mosquito.

As ações do SVS Rio na Rua acontecem ao longo do ano em toda cidade e são reforçadas durante o verão, período de maior proliferação do mosquito. Além dos bairros vistoriados para o carnaval, outras regiões da cidade também receberam a ação, como Paquetá, Botafogo, Copacabana, Gávea, Andaraí, Brás de Pina, Irajá, Vigário Geral, Abolição, São Francisco Xavier, Curicica, Itanhangá, Rocha Miranda, Madureira, Taquara, Senador Camará, Vila Kennedy, Cosmos, Senador Vasconcelos, Paciência e Sepetiba.

Este ano, até o dia 8 de fevereiro, foram feitas 1.060.158 visitas a imóveis para prevenção e controle do Aedes aegypti e 167.949 recipientes que poderiam servir de criadouros de mosquitos foram tratados ou eliminados. Em 2024, foram realizadas 11,6 milhões de vistorias em imóveis para controle e prevenção de possíveis focos do mosquito, com eliminação ou tratamento de mais de 1,8 milhão de recipientes.

A SMS também realiza ações educativas e de mobilização social para orientar a população sobre as medidas para a prevenção de arboviroses urbanas, visando despertar a responsabilidade sanitária individual e coletiva. Quando necessário, a população pode fazer pedidos de vistoria ou denunciar possíveis focos do mosquito pela Central 1746 de atendimento ao cidadão da Prefeitura, pelo telefone ou site.


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Venda de dados de íris para IA: riscos e desafios para a segurança corporativa

Com 500 mil brasileiros escaneando a íris, especialistas alertam para riscos de vazamentos e fraudes de identidade


Foto: Divulgação


Recentemente, viralizou nas redes sociais a polêmica em torno da venda de dados biométricos pessoais, como a íris, para empresas de Inteligência Artificial (IA). No Brasil, projetos como o Worldcoin, que ofereciam criptomoedas em troca do escaneamento da íris, atraíram cerca de 500 mil pessoas, especialmente em regiões periféricas, antes de serem interrompidos pelo governo. 

A iniciativa, que ganhou destaque por sua proposta inovadora, levantou questões urgentes sobre os riscos da comercialização de dados tão sensíveis e as implicações para a segurança corporativa e a privacidade dos indivíduos.

A coleta e o armazenamento de dados biométricos, como a íris, representam um desafio crítico para a segurança das empresas. Diferentemente de senhas ou tokens, dados biométricos são imutáveis – uma vez comprometidos, não podem ser alterados. Isso os torna um alvo valioso para cibercriminosos, que podem explorar vulnerabilidades em sistemas de armazenamento e processamento de dados. Um vazamento dessas informações pode resultar em fraudes, roubo de identidade e até mesmo em ataques diretos a infraestruturas críticas.

Para Evandro Ribeiro, Head de Segurança da Informação do Grupo Avivatec,uma empresa de soluções e projetos de tecnologia, a coleta de dados biométricos, como a íris, traz desafios complexos para a segurança digital. "A íris é uma informação única e impossível de ser alterada, o que a torna extremamente valiosa para cibercriminosos. Empresas que armazenam esses dados precisam adotar protocolos avançados de cibersegurança, como criptografia de ponta a ponta e sistemas de monitoramento contínuo, para evitar vazamentos que podem resultar em fraudes de identidade ou acessos não autorizados a sistemas críticos", comenta.

Além das preocupações com a segurança dos dados biométricos, é essencial discutir como inovação e privacidade podem coexistir. A biometria tem transformado a autenticação digital, tornando-a mais rápida e eficiente, mas também levanta questionamentos sobre o controle do usuário sobre seus próprios dados. Modelos descentralizados de armazenamento e o uso de inteligência artificial para detectar acessos suspeitos são algumas das alternativas que equilibram proteção e conveniência. Para garantir que essas tecnologias sejam adotadas de forma ética, as empresas precisam investir não apenas em segurança cibernética, mas também em transparência e governança de dados.

Para Vinicius Gallafrio, CEO da MadeinWeb, empresa provedora de TI e especialista em inteligência artificial, a tecnologia precisa ser aliada da segurança sem prejudicar a experiência do usuário. “A autenticação biométrica já é uma realidade, mas seu futuro depende de como as empresas vão garantir que esses dados sejam utilizados de forma ética e segura. A implementação de inteligência artificial para detectar fraudes em tempo real e modelos de “zero trust” para limitar acessos não autorizados são estratégias que reforçam essa segurança sem criar barreiras para o usuário. O desafio não é apenas proteger os dados, mas garantir que a inovação aconteça de forma responsável e acessível.”, comenta.

Além disso, a comercialização desses dados biométricos sem regulamentação clara e transparente aumenta o risco de violações de privacidade. A coleta e venda desses dados sem o devido consentimento informado pode acarretar em sérias consequências legais, além de afetar a segurança digital de um grande número de pessoas, especialmente as vulneráveis ou de regiões periféricas.

Portanto, é fundamental que empresas e órgãos reguladores adotem medidas rigorosas para garantir que os dados biométricos sejam tratados de forma ética, segura e transparente, protegendo a privacidade dos indivíduos e evitando riscos à segurança digital, sem comprometer a confiança do consumidor.