segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Espiritismo e psicologia: Mayse Braga e sua filha lançam livro para ajudar famílias afastadas

"Aquele tempo entre nós" surgiu como uma forma de trazer paz, perdão e dar novo fôlego às relações



Muitos não têm a oportunidade de, em vida, acertar os ponteiros com os pais ou os filhos e fazer com que problemas do dia-a-dia sejam superados. Dispostas a não deixar que a relação de mãe e filha fosse deteriorada por falta de diálogo e de compreensão, Mayse Braga, famosa oradora espírita (67), e sua filha, Marianna Braga, psicóloga (41), escreveram “Aquele tempo entre nós”. O livro traz a visão de ambas sobre diferentes assuntos – de bobagens a temas sensíveis –, desata nós e quebra tabus numa relação onde o amor sempre deve prevalece.

A ideia de escreverem um livro juntas surgiu em 2022, após Mayse passar por duas internações hospitalares. Durante a recuperação, ela morou com a filha e ambas passaram por um processo de reconciliação, retratado na obra. Narrado em duas vozes, uma conversa em meio ao chá da tarde, “Aquele tempo entre nós” traz dois pontos de vista: o de uma mãe que adoeceu e viu, pouco a pouco, sua vida virar de cabeça para baixo; e o de uma filha zelosa e sobrecarregada, ainda mais pressionada após o acúmulo de novas obrigações.

 

“Sabemos que nossa história — por mais que nos pareça única — é vivida todos os dias por mães, pais e filhos que se encontram e se desencontram na intenção de bem cuidar, em meio a todos os desafios que essa tarefa, por vezes solitária, impõe. Contar o que vivemos foi tanto uma forma de oferecer companhia a quem atravessa essa jornada — ou sabe que um dia vai vivê-la — quanto um exercício terapêutico que nos lembrou que o amor pode fazer mais do que proteger: ele pode também libertar...” – Mayse Braga, oradora espírita e “a mãe”

 

 

Ao longo de memórias de um passado recente e de outras mais antigas, “Aquele tempo entre nós” convida o leitor a entrar na parte bagunçada da casa, naquele quartinho que muitas vezes queremos esconder ou fingir que não existe.

A cada novo assunto que mãe e filha abordam, seja esse mais ou menos áspero, as autoras abrem espaço para uma construção conjunta, a fim de preencher o tempo de dor com aprendizados e de explicar o que antes parecia ser tão difícil colocar em palavras. São histórias que nos falam de cuidado, envelhecimento, limites, ansiedades e medos. Mas que também expressam amor, carinho, lembranças felizes, momentos engraçados e músicas bonitas.

 

“Escrever esse livro me ajudou a entender a mim mesma e à minha mãe de um jeito novo e transformador. Depois de nos perdermos em meio a dores e medos intensos, conseguimos nos reconectar por meio da escuta sem interrupções que somente o diálogo escrito nos permitiu.” – Marianna Braga, psicóloga e “a filha”

 

As páginas de “Aquele tempo entre nós” são um pedido de desculpas, o levante de uma bandeira de trégua, um novo olhar sobre o passado, o presente e o futuro. São o resgate do que um dia já existiu e a base do caminho que ainda virá. São a reconstrução, tijolo a tijolo, palavra por palavra, de uma relação que atravessou a tempestade para, enfim, aprender a navegar.

Este livro é um privilégio, nas palavras das autoras, para “conversarmos, em vida, sobre os arrependimentos que temos, a fim de podermos desatar alguns nós, separando o que é bobagem do que realmente importa: cuidarmos uma da outra, e cada uma de si mesma, com todo o amor que sentimos.”

 

Sobre as autoras:

Mayse Braga é oradora da Doutrina Espírita desde os 16 anos, e mãe da Marianna desde os 25 anos.

Marianna é psicóloga clínica desde 2007 e filha da Mayse desde 1983.

 

Serviço:

Livro: Aquele Tempo Entre Nós (@aqueletempoentrenos)

Autora: Mayse Braga e Marianna Braga (@eixonortepsicologia)

Páginas: 200

Disponível para compra através do link



sábado, 23 de agosto de 2025

Tendência 'coffee party' chega ao Rio com DJ e massagem para celebrar atletas de corrida com vista para o Pão de Açúcar

Após circuito de corrida na Praia de Botafogo, participantes da Track Experience terão café da manhã exclusivo, massagem de recovery e sorteio de kits no Botafogo Praia Shopping com set da DJ Izzy


A DJ IZZY comandará o repertório musical. Foto: Divulgação


Para encerrar com chave de ouro a programação do Mês do Bem-Estar, o Botafogo Praia Shopping traz para a cidade a tendência global das coffee parties. A ação acontecerá no domingo, 31 de agosto, em parceria com a Track Experience, e proporcionará um momento de celebração e recuperação para os atletas após um circuito de corrida na Praia de Botafogo, em uma manhã que unirá esporte, gastronomia e autocuidado em um só lugar. A DJ IZZY comandará o repertório musical, que contará com uma playlist especial para esse momento, com ritmos que vão do HipHop ao Black Music. 

A largada da corrida está marcada para as 7h na Praia de Botafogo. Na sequência, das 8h às 10h, os corredores serão recebidos no shopping para uma exclusiva Coffee Party, em uma parceria com a Bauducco. O evento pós-corrida contará com um completo café da manhã, massagens de recovery para aliviar a tensão muscular e sorteios de kits especiais. O encontro promete ser o ponto alto da manhã, celebrando a performance e o bem-estar dos participantes em um ambiente descontraído.  

Clientes do Botafogo Praia Shopping têm um benefício especial para participar da corrida: um cupom de 15% de desconto nas inscrições, válido para 150 vagas exclusivas pelo app da TF Sports. Além disso, o próprio shopping será o ponto de retirada dos kits para a prova, que estará disponível entre os dias 28 e 30 de agosto. 

"Estamos sempre atentos às novas tendências que promovem um estilo de vida saudável e moderno. A coffee party pós-corrida é uma tendência que une o esporte a um momento de confraternização e cuidado, e nosso objetivo é trazer essa experiência para o Rio de Janeiro. O Botafogo Praia Shopping se consolida como um ponto de encontro para aqueles que buscam não só compras, mas também vivências únicas e que agregam valor ao dia a dia de nossos clientes", afirma Isabella Colonna, gerente de marketing do Botafogo Praia Shopping. 

Serviço: Track Experience & Coffee Party – Botafogo Praia Shopping  

Data: 31 de agosto (domingo)  
Horário: 7h: Circuito de corrida na Praia de Botafogo. | 8h às 10h: Coffee Party para participantes no shopping.  
Local: Corrida na Praia de Botafogo; Coffee Party no Botafogo Praia Shopping.  
Endereço: Praia de Botafogo, 400 - Botafogo, Rio de Janeiro – RJ  
Inscrições para corrida: Cupom de 15% de desconto para clientes BPS, via app da TF Sports (150 vagas).  
Retirada de kits: No Botafogo Praia Shopping, de 28 a 30 de agosto. 

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Fernanda Rodrigues revela retorno de câncer de pele: entenda a doença

Representando cerca de 33% de todos os diagnósticos oncológicos no país, são estimados mais de 220 mil novos casos ao ano; Oncologista tira principais dúvidas


Fernanda Rodrigues atualiza ínternautas sobre seu estado de saúde. Foto: Reprodução da Internet

Fernanda Rodrigues, 45 anos, usou as redes sociais nesta semana para compartilhar que o carcinoma de pele, que havia retirado no ano passado, retornou. A atriz contou que percebeu o reaparecimento da mancha por estar sempre atenta às mudanças no próprio corpo e procurou sua dermatologista, que confirmou o diagnóstico. Agora, ela passará por uma nova cirurgia para remoção da lesão.

Apesar do susto, Fernanda fez questão de tranquilizar os fãs e familiares, afirmando que seu caso não é grave e que está bem. Em vídeo, ela relatou conhecer pessoas que já passaram por mais de cinco procedimentos semelhantes e reforçou a importância da prevenção e do acompanhamento médico contínuo. “Preciso me cuidar, me proteger. Esses resquícios da vida, do sol, vou ter que lidar com eles, ficar atenta e ir resolvendo. Está tudo certo, estou ótima, está tudo bem”, declarou.

A atriz também aproveitou para fazer um alerta sobre sua saúde: “Estão circulando muitas fake news por aí, então achei importante vir explicar pessoalmente: estou ótima e cuidando da minha saúde. É muito importante estar atento ao próprio corpo e procurar um médico sempre que notar algo diferente. Se cuidem”, disse.

Entenda o câncer de pele

O câncer de pele é o mais comum no Brasil, representando cerca de 33% de todos os diagnósticos oncológicos no país. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados mais de 220 mil novos casos anuais, sendo cerca de 85% do tipo não melanoma, geralmente menos agressivo, e 15% do tipo melanoma, conhecido por sua letalidade.

Os números chamam a atenção, mas ainda assim, o problema não é tratado com a seriedade que merece. A principal causa, a exposição excessiva aos raios ultravioleta (UV), pode ser prevenida com medidas simples, como o uso diário de protetor solar e a adoção de hábitos de proteção, como evitar o sol nos horários de pico.

Vivemos em um país tropical, com alta exposição solar durante todo o ano, mas ainda falta conscientização sobre os riscos do câncer de pele. Medidas preventivas básicas podem salvar vidas, e precisamos reforçar essa mensagem constantemente”, afirma Rodrigo Perez Pereira, líder nacional da especialidade pele da Oncoclínicas.

Tipos de câncer de pele 

O câncer de pele não-melanoma pode ser classificado em: carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular. O primeiro é o tipo mais frequente, com crescimento normalmente mais lento. O diagnóstico se dá, usualmente, pelo aparecimento de uma lesão nodular rosa com aspecto peroláceo na pele exposta do rosto, pescoço e couro cabeludo. Já no carcinoma espinocelular, mais comuns em homens, ocorre a formação de um nódulo que cresce rapidamente, com ulceração (ferida) de difícil cicatrização.

Tanto o carcinoma basocelular quanto o espinocelular estão relacionados à alta exposição dos raios solares e devem ser prevenidos com protetor solar e consultas frequentes com dermatologista são importantes para detecção do câncer na sua fase inicial.

Já o chamado câncer de pele do tipo melanoma, apesar de considerado como sendo de baixa incidência - ele é responsável por 8.450 novos diagnósticos por ano -, é o mais agressivo e requer atenção redobrada. São geralmente os casos que se iniciam com o aparecimento de pintas escuras na pele, que apresentam modificações ao longo do tempo. 

Diagnóstico precoce: um aliado na luta pela vida

Uma das principais armas contra o câncer de pele é o diagnóstico precoce. Quando identificado em estágios iniciais, o tratamento é mais simples e eficaz, com chances de cura que podem ultrapassar 90%, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). 

Além disso, populações específicas, como trabalhadores rurais, pescadores e pessoas de pele clara, estão mais vulneráveis devido à exposição solar acumulada ao longo dos anos. No entanto, o oncologista alerta que o câncer de pele não discrimina e pode atingir qualquer pessoa, independentemente da cor da pele ou do estilo de vida.

Infelizmente, no entanto, muitos casos ainda são descobertos tardiamente, certas vezes porque os sinais podem ser confundidos com lesões benignas. “Uma pinta que muda de cor, um machucado que não cicatriza ou uma mancha com bordas irregulares podem ser sinais de alerta. O tempo é um fator decisivo na luta contra o câncer de pele”, explica Pereira.

O especialista orienta ainda que a regra do 'ABCDE' é uma ferramenta simples, mas muito útil para reconhecer sinais suspeitos que merecem atenção:

  • Assimetria: quando uma metade da lesão é visivelmente diferente da outra.
  • Bordas: lesões com contornos irregulares ou mal definidos.
  • Cor: manchas ou pintas que apresentam mais de uma tonalidade, como variações entre preto, marrom, vermelho, azul, cinza ou outras cores.
  • Diâmetro: lesões maiores que 6 mm devem ser analisadas com atenção.
  • Evolução: qualquer alteração no tamanho, forma ou cor ao longo do tempo é um sinal de alerta.

“Perceber mudanças na pele é o primeiro passo para a prevenção. Ao identificar qualquer característica fora do comum, é essencial buscar orientação de um dermatologista para um diagnóstico preciso e, se necessário, iniciar o tratamento o quanto antes”, reforça. 

Desinformação e tendências perigosas nas redes sociais

O aumento do uso das redes sociais trouxe benefícios inegáveis, como o acesso mais rápido a informação. No entanto, também ampliou a disseminação de fake news e práticas perigosas, especialmente no campo da saúde. Um exemplo recente é a tendência de aplicar protetor solar apenas em algumas áreas do rosto para criar um “contorno natural”. Embora pareça inofensivo, essa prática expõe áreas desprotegidas da pele aos raios UV, aumentando o risco de queimaduras, manchas, envelhecimento precoce e, principalmente, câncer de pele.

Práticas como essa mostram o quanto as redes sociais podem ser uma faca de dois gumes. Enquanto podem educar, também têm o potencial de propagar informações sem embasamento científico, colocando a saúde das pessoas em risco. Não há atalhos seguros quando o assunto é proteção solar”, alerta Rodrigo Pereira.

Outro mito perigoso que ganhou força nas redes é a ideia de que o protetor solar poderia causar câncer devido a substâncias químicas presentes em sua composição. Essa alegação, no entanto, não tem respaldo científico. Estudos amplamente revisados por especialistas demonstram que os benefícios do uso diário do protetor superam qualquer risco teórico associado aos seus ingredientes.

Os danos causados pela radiação ultravioleta são cientificamente comprovados e uma das principais causas de câncer de pele. Já as acusações contra o protetor solar são infundadas e disseminadas sem critério. A desinformação não só desmotiva o uso do protetor, mas coloca vidas em perigo. Combater essas narrativas com dados confiáveis é essencial para proteger a população”, reforça o oncologista.

Segundo o médico, vale destacar ainda que a saúde é um tema que exige cuidado redobrado na busca por informações. “Em um mundo cada vez mais digital, é fundamental que as pessoas desenvolvam senso crítico para identificar o que é informação segura e o que é perigoso. Não podemos tratar a saúde com base em modismos ou tendências”, alerta.

Pessoas de pele negra podem ter câncer de pele?

Há ainda a ideia equivocada de que pessoas de pele escura estão imunes ao câncer de pele. Embora a maior quantidade de melanina ofereça uma proteção natural, o risco não é inexistente. Nessas populações, o câncer de pele pode surgir em áreas menos pigmentadas, como palmas das mãos, solas dos pés e mucosas, e muitas vezes é diagnosticado tardiamente.

É essencial desconstruir o mito de que a pele mais escura é invulnerável. O diagnóstico tardio em populações negras ocorre frequentemente porque a suspeita é baixa. Precisamos mudar essa realidade com mais informação e acesso à saúde”, afirma Perez.

Saiba o que fazer para prevenir o câncer de pele

  • Use protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados, com FPS 30 ou superior.
  • Reaplique o protetor a cada duas horas ou após contato com água.
  • Evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, quando os raios UV são mais intensos.
  • Use acessórios de proteção, como chapéus, óculos de sol com proteção UV e roupas de manga longa, idealmente também com proteção UV.
  • Fique atento a sinais na pele, como pintas que mudam de tamanho, cor ou formato.
  • Consulte um dermatologista regularmente, especialmente se tiver histórico familiar de câncer de pele.

Dia Nacional do Ciclista: conheça 6 benefícios da atividade física para o corpo

A prática regular ajuda a melhorar o controle glicêmico, fortalece o cérebro e reduz os riscos de doenças como diabetes, hipertensão e Alzheimer


Esporte contribui para o equilíbrio metabólico, a prevenção de doenças crônicas e a melhoria da qualidade de vida. Foto: Pexels


Celebrado no Brasil em 19 de agosto, o Dia Nacional do Ciclista é um convite para colocar o corpo em movimento e adotar hábitos mais saudáveis. Mais do que um esporte, o ciclismo é uma atividade acessível, democrática e com impacto direto na saúde. 

De acordo com Alessandra Rascovski, endocrinologista e diretora clinica da Atma Soma, o esporte contribui para o equilíbrio metabólico, a prevenção de doenças crônicas e a melhoria da qualidade de vida. 

Esse alerta se torna ainda mais urgente diante dos dados do relatório Status Global sobre Atividade Física 2022, da Organização Mundial da Saúde (OMS), que aponta que o sedentarismo pode levar 500 milhões de pessoas a desenvolver doenças crônicas até 2030, em grande parte devido à falta de atividade física e à má alimentação.

Quando falamos em ciclismo, falamos em muito mais do que esporte. É uma ferramenta altamente eficaz para quem quer não só controlar o peso, mas prevenir doenças como diabetes tipo 2, hipertensão, depressão e até Alzheimer, condições diretamente relacionadas à resistência à insulina”, explica a especialista. 

Benefícios do ciclismo para a saúde: 

  • Reduz o risco de doenças cardiovasculares. Ao pedalar, o coração trabalha de forma mais eficiente, fortalecendo-se e melhorando sua capacidade de bombear sangue. “Isso favorece a circulação, reduz o acúmulo de placas nas artérias e diminui o risco de infarto, AVC e hipertensão”, explica Alessandra.

  • Melhora o condicionamento físico e a capacidade pulmonar. O ciclismo estimula os pulmões a captar mais oxigênio e o coração a distribuí-lo de forma mais eficiente. O resultado aparece na disposição, no aumento do fôlego e na resistência, tanto durante o treino quanto nas tarefas do dia a dia.

  • Contribui para o controle do peso. Por ser uma atividade de alto gasto calórico, pedalar acelera o metabolismo, favorecendo a queima de gordura e o déficit calórico — condição essencial para quem busca perder peso ou manter o equilíbrio corporal.

  • Melhora o humor e reduz o estresse. “Durante e após a o ciclismo, há um aumento na produção de serotonina e dopamina, neurotransmissores que promovem bem-estar, prazer e equilíbrio emocional”, ressalta Alessandra.

  • Estimula a memória, o foco e protege a saúde do cérebro. A prática melhora a oxigenação cerebral, estimula irisina e fator neurotrófico cerebral, que favorecem o desenvolvimento dos neurônios e ajuda a proteger contra o declínio cognitivo, melhorando memória, concentração e saúde mental.

  • Regula hormônios essenciais, como a insulina e o cortisol. “Pdalar aumenta a sensibilidade à insulina, ajudando no controle dos níveis de açúcar no sangue e na prevenção do diabetes tipo 2. Além disso, reduz o cortisol, hormônio ligado ao estresse crônico, protegendo o organismo dos impactos negativos desse desequilíbrio”, explica a endocrinologista.

Movimento como ferramenta de saúde metabólica

Mais do que melhorar o condicionamento físico, o ciclismo é uma poderosa aliada no combate a condições metabólicas silenciosas, como a resistência à insulina — quadro que pode acometer até quem está com o peso aparentemente saudável, mas leva uma vida sedentária e tem alimentação desequilibrada.

Iniciativas como o Projeto Re*Set, finalizado neste final de semana, reforçam esse olhar preventivo. O programa, composto por uma variedade de especialistas, ofereceu um acompanhamento multidisciplinar, que combinou alimentação equilibrada, prática regular de exercícios e monitoramento de indicadores de saúde, propondo uma transformação metabólica gradual, capaz de reverter quadros precoces de resistência à insulina.

Vai começar? Veja como se preparar!

Se você é iniciante, alguns cuidados são essenciais para começar de forma segura, eficiente e prazerosa:

  • Faça uma avaliação médica: verifique sua saúde cardíaca, respiratória e ortopédica antes de começar.

  • Respeite seu ritmo: comece alternando a intensidade. A progressão vem naturalmente.

  • Aqueça antes e alongue depois: o aquecimento previne lesões e o alongamento ajuda na recuperação muscular.

  • Hidrate-se e cuide da alimentação: estar bem hidratado e nutrido faz toda a diferença na energia e no desempenho.

  • Conte com apoio profissional: um educador físico pode orientar quanto à intensidade, volume e evolução dos treinos.

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Dica de livro: "A cor que nos separa": os verdadeiros vilões usam máscaras manchadas pelo racismo

Em novo romance, advogado gaúcho Daniel Tonetto denuncia feridas históricas do preconceito racial no sul do país



Após uma vida dedicada à Medicina, à Física Quântica e ao estudo do comportamento humano, Theodora Borges é consagrada mundialmente em 2062. Ao receber o Prêmio Nobel, ela relembra a trajetória da família, especialmente de seu tio Stéfano Veras, um homem nascido em meio à pobreza e criado numa fazenda cheia de preconceitos. É neste contexto que o escritor e advogado Daniel Tonetto une passado, presente e futuro no livro A cor que nos separa, para denunciar as mazelas do racismo estrutural no Brasil.

O discurso de Theodora na premiação conduz os leitores ao século XX, para as vastas e distantes planícies dos pampas gaúchos, onde nasceu seu tio. Filho de uma benzedeira e de um tratador de animais, desde cedo Stéfano destacou-se por sua inteligência e bondade. Porém, ainda jovem percebeu o contraste social e as profundas desigualdades, representadas principalmente na figura de Eunice, uma mulher rica e conhecida por sua crueldade. Decidido a fugir da violência e encontrar novas oportunidades, o rapaz se muda para a cidade gaúcha de Santa Maria, mas lá enfrenta outros desafios e mais discriminação.

— O preconceito precisa ser vencido, e para isso acontecer não será através das sombras da violência ou de xingamentos.
— E como seria, então? — perguntou, indignado.
— Através do perdão! Acreditem, as pessoas realizadas e felizes jamais serão preconceituosas. Esse sentimento mesquinho nasce das frustações daqueles que não alcançam o sonho que almejam. (A cor que nos separa, p. 131)

Incentivado pela professora Suilnira, cujo principal objetivo de vida era combater a violência racial por meio dos livros, Stéfano revela como a educação pode ser uma ferramenta de libertação, mesmo quando tudo conspira contra. Em contrapartida, Eunice ilustra a forma que o ódio e o racismo são passados adiante. Ao entrelaçar a trajetória de personagens marcados pela dor e pela resistência, Daniel Tonetto convida os leitores a enxergarem as feridas históricas do Brasil que continuam abertas.

Além de homenagear figuras reais, como Martin Luther King Jr. e Nelson Mandela, e de mesclar elementos de fé, cultura popular e luta social, A cor que nos separa traça uma narrativa tocante e necessária. É um lembrete de que, para construir um futuro mais digno, as pessoas precisam reconhecer os fantasmas do passado e enfrentá-los com coragem, verdade e humanidade.

“A história de Theodora, Stefano e Eunice é, em muitos aspectos, um espelho das contradições que encontrei ao longo da vida: a brutalidade do preconceito, o peso da herança familiar, a força da redenção e o silêncio que habita tantos afetos interrompidos. Ao situar parte da narrativa nos pampas gaúchos, revisitei não apenas geografias físicas, mas memórias ancestrais, de terra, de luta, de sangue e de amor”, conclui o autor.

FICHA TÉCNICA

Título: A cor que nos separa
Autor: Daniel Tonetto
Editora: AVEC
ISBN: 978-85-5447-295-5
Páginas: 231
Preço: R$ 40,00
Onde comprarAmazon e AVEC

Sobre o autor: Graduado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria, o escritor Daniel Tonetto é advogado criminalista, sócio fundador do MMT Advogados e professor universitário. Especialista em Ciências Criminais e mestre em Direito pela Universidade Autónoma de Lisboa, atualmente é doutorando pela histórica Universidade de Salamanca, na Espanha. É membro da Academia Santa-Mariense de Letras e da Academia de Letras e Artes de São Sepé-RS. A cor que nos separa já é considerada pela crítica o melhor livro do autor, que escreveu os best-sellers Trilogia Crime em Família e Dois Caminhos.

Rede sociais do autor:

Shoppings no Rio de Janeiro oferecem sessões CineMaterna para mães, pais e bebês

Filme "Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda" será exibido no Kinoplex do Via Parque e no RIOSUL


Sessões de cinema adaptadas para famílias com bebês de até 18 meses. Foto: Divulgação

O CineMaterna, ONG instituída por mães, conta com o apoio de shoppings na cidade do Rio de Janeiro para promover sessões de cinema adaptadas para famílias com bebês de até 18 meses. 

 

Confira o dia, o horário e programe-se! 

 

Kinoplex do Via Parque Shopping exibe o filme "Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda" no dia 19/08 às 14h00. Oferece 5 cortesias.

 

Kinoplex do RIOSUL exibe o filme "Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda" no dia 20/08 às 14h00. 

 

Crianças acima de 18 meses e acompanhantes são bem-vindos! Verifique se a classificação indicativa do filme é adequada para a faixa etária. 

Cortesias:
Alguns shoppings parceiros da ONG oferecem cortesia para as primeiras famílias com bebês de até 18 meses. É limitada a uma cortesia por bebê para uso de um adulto: mãe, pai ou responsável. Bebês até os 2 anos participam gratuitamente. Caso a sessão não possua cortesia, ou estejam esgotadas, famílias e acompanhantes podem adquirir seus ingressos na bilheteria ou totens do cinema.


Diferenciais das sessões CineMaterna:

  • Trocadores dentro da sala de cinema, equipados com fraldas e lenços umedecidos;
  • Estacionamento para os carrinhos de bebê;
  • Sala com ar-condicionado ameno;
  • Som do filme mais baixo;
  • Ambiente levemente iluminado para que o público possa circular durante a sessão com segurança;
  • Tapete EVA para bebês que já engatinham ou caminham.
  • Voluntárias CineMaterna que organizam a sessão, recebem e auxiliam as famílias com carinho.
  • Após cada sessão, as voluntárias convidam as famílias para um bate-papo descontraído próximo ao cinema. 

Participar do CineMaterna vai muito além de apen36as assistir a um filme. É fazer parte de uma rede de apoio e amor para as famílias que passam pelas transformações da parentalidade. Além disso, o encontro com outras famílias que passam pelas mesmas aflições e aprendizados, garante momentos de descontração, desabafo e alegria.

 

Você ajuda na escolha da programação: 

Os filmes são escolhidos pelas famílias cadastradas no site do CineMaterna através de votação em enquetes. As enquetes ficam abertas de quinta-feira a domingo. O resultado da votação é divulgado no site, na quinta-feira que antecede a sessão, para que todos possam se programar a tempo de participar.

 

Clique aqui e cadastre-se agora mesmo

 

Sobre o CineMaterna

A Associação CineMaterna é uma organização sem fins lucrativos instituída por mães, pioneira em organizar sessões de cinema especiais para famílias com bebês de até 18 meses. 

 

Foi fundada em agosto de 2008 na cidade de São Paulo por mães que, a partir de uma necessidade pessoal, desenvolveram o programa feito especialmente para famílias com bebês de até 18 meses: sessões de cinema nas quais os filmes, em sua maioria, são direcionados ao entretenimento dos adultos, mas a sala de cinema é totalmente adaptada e acolhedora para os bebês. 

 

A ONG está presente em diversos cinemas espalhados por 47 cidades de 16 estados brasileiros. Em 17 anos de história, já levou mais de 238 mil famílias em mais de 10 mil sessões realizadas.

 

 

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Leitura Coletiva: Ao conviver com o HIV, jornalista transforma silêncio, dor e resistência em poesia

"Eclipse", livro tema dessa Leitura Coletiva, fala sobre corpos que recusam o apagamento e insistem em viver, amar e serem ouvidos



Eclipse, de Hermes Coêlho, nasceu de uma experiência íntima: a descoberta e a convivência com o HIV. O diagnóstico, recebido há seis anos, levou o jornalista e escritor a transformar inquietações e dores em poesia. Cada verso se tornou uma resposta ao estigma que associa a soropositividade à culpa, à exclusão e à morte.  

Dividido em quatro partes, o livro percorre as etapas da vivência dura com o vírus, desde o choque do diagnóstico até a reconstrução da autoestima. Com a metáfora do eclipse, um evento breve, potente, onde dois astros se cruzam e encobrem a luz por instantes, Hermes expressa o sexo como um encontro de corpos, de desejo e de cura.  

“gritam as néscias ruas 
melhor viado morto 
do que soropositivo 
elas quase conseguiram 
me convencer a ter 
minha sina interrompida 
mas meu verso quer vida”  
(eclipsep.37) 

Os versos confidenciam um percurso íntimo e visceral, de alguém que morre e renasce tantas vezes. Com frases curtas e claras, Hermes mistura termos do cotidiano e referências literárias simbólicas. A forma dos poemas valoriza pausas e cortes, o que dá ritmo à leitura. Nas palavras do prefaciador da obra, Pedro Jucá, “a poesia sangra, pulsa e invoca”. O resultado é um conjunto direto na linguagem e preciso na construção. 

 A escrita do autor é ideal para quem deseja se emocionar, rir ou mesmo ficar sem fôlego em algumas passagens. Sem recorrer a fórmulas de superação, os poemas revelam o processo de reencontro com um corpo possível e digno, enquanto Hermes revisita memórias, evoca mitologias e entrelaça erotismo, fé e identidade em uma narrativa íntima e ao mesmo tempo coletiva. 

Corpos existem, amam e resistem! Precisam ser ouvidos. 

Quer receber um exemplar do livro em casa, ler com outros criadores de conteúdo e ainda participar de um bate-papo com o autor? As vagas para esta Leitura Coletiva são exclusivas! Inscreva-se agora pelo link: 
https://forms.gle/6WWYNhgLHRGqf78p7  

Sobre o autor: Hermes Coêlho nasceu em Teresina, Piauí, em 1977. Formado em jornalismo pela Universidade Estadual do Piauí, atuou nas afiliadas das TVs Globo, Record e Brasil em sua terra natal. Também fez parte da equipe da Rádio Antares e do Jornal O Dia, onde publicou crônicas sobre o cotidiano piauiense e nacional. Desde 2010, é repórter e editor da TV Senado, em Brasília. 

Já a poesia sempre esteve nas veias. Em 2000, ao vencer o Concurso Novos Autores, recebeu o prêmio Cidade de Teresina pelo livro “Nu”, publicado em 2002. Em 2023, lançou, pela Patuá, “Violado”. “eclipse” conclui o que o autor define como sua Trilogia do Trauma. 

Instagram: @hermescoelho