domingo, 29 de dezembro de 2024

Dica de livro: A lógica da infelicidade

Livro da psicóloga Paula Toyneti Benalia explora por meio de metáforas os dilemas comportamentais para construção de uma existência mais significativa




Inverta este exercício: ao invés de se perguntar o que faz você feliz, pense no que traz infelicidade.  A provocação é proposta pela psicóloga e escritora Paula Toyneti Benalia a partir do lançamento A lógica da infelicidade. O livro mergulha nos dilemas comportamentais e emocionais que permeiam a sociedade com um convite para explorar de forma íntima tudo o que pode ou não trazer bem-estar a cada pessoa.

Dez capítulos curtos e metafóricos aproximam o leitor do principal questionamento que permeia a obra: se hoje fosse o último dia da sua vida, o que você faria de diferente? Para guiar as reflexões, a autora explora os aspectos que pesam para a infelicidade, como ansiedade, pessimismo, estresse e depressão. Ela atravessa esses temas ao fazer uma analogia entre as etapas da vida e o planejamento de uma viagem, porque, para encontrar novos rumos na aventura da existência, é preciso preparo.

Como uma agente de turismo à disposição, Paula Toyneti Benalia entrega uma espécie de passo a passo para a organização da jornada. Seja ela uma roadtrip, um mochilão ou uma aventura a bordo de um navio, basta escolher o roteiro, pois todos levarão ao destino final: a felicidade. “No geral, as pessoas amam viajar; associei ao processo da vida, porque todos nós estamos indo para algum lugar e nos organizamos para conquistar sonhos, cumprir objetivos pessoais, profissionais”, explica.

Da programação financeira e orçamento ao checklist de organização das malas e o início da aventura. Para cumprir todas as etapas rumo à felicidade, a autora deixa espaços para que o leitor se desafie a estabelecer metas e sonhos, a partir da externalização de sentimentos bons ou ruins, e as mudanças que está disposto a fazer no percurso. Desta forma, incentiva o viajante a entender que também é preciso desfrutar do presente, afinal, o fim da vida é imprevisível e inevitável.

Lembre-se também de que se precisa de muito para ser infeliz, e de bem pouco
para ser feliz. Este é outro ensinamento que deixo para você: quanto mais coisas
você acumular dentro de si durante uma vida, mais peso sentirá nas suas costas.
Sentirá seu coração se apertar de angústia, ansiedade, porque não cabe tudo
dentro de nós. 
(A lógica da infelicidade, p. 50)

Convite feito, agora basta aceitar, pois ainda há a garantia de que, se depois da jornada não gostar da viagem, o leitor poderá retornar à rotina de sempre, sem qualquer prejuízo – pelo contrário, a tentativa foi feita e tudo é aprendizado. “Se souber exatamente para onde quer ir, a vida fica mais leve e fácil, pois nenhum destino é impossível”, atesta Paula.

FICHA TÉCNICA
Título: 
A lógica da infelicidade
Autora: Paula Toyneti Benalia
ISBN: B0CXSF1VZ3
Formato: e-book
Páginas: 68
Preço: R$ 9,99
Onde comprar: Amazon

Sobre a autora: Paula Toyneti Benalia é graduada em Psicologia e sempre se dedicou a conhecer o ser humano em sua mais profunda essência. Apaixonada por livros desde a infância, começou a escrever romances em 2016 e já publicou 10 títulos. “O dia em que te amei”, obra de abertura da trilogia Deusas de Londres, foi seu primeiro romance de época. Na vontade de falar sobre temas psicológicos, grande paixão e formação, entrega agora ao público o título A lógica da infelicidade.

Instagram da autora: @paula_benalia


sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Como a Cannabis Medicinal pode iluminar a jornada de pessoas com demência e Parkinson

* Por Flávia Guimarães


Foto: Pexels


À medida que a idade avança, doenças neurodegenerativas como demência e Parkinson podem se manifestar com mais frequência, trazendo desafios para o bem-estar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 55 milhões de pessoas vivem com demência, e quase 10 milhões de novos casos são diagnosticados a cada ano. No que diz respeito ao Parkinson, a Fundação Michael J. Fox estima que a doença afeta mais de 6 milhões de pessoas em todo o mundo e prevê que o número dobrará até o ano de 2040. 

Essas condições requerem cuidados contínuos, uma vez que  os tratamentos nem sempre aliviam completamente os sintomas, o que representa um grande desafio para os pacientes, familiares e profissionais de saúde. Nesse contexto, a Cannabis Medicinal tem ganhado cada vez mais destaque, oferecendo uma nova esperança ao complementar as opções terapêuticas convencionais. 

Com potencial para reduzir os sintomas, proporcionando mais conforto e bem-estar, seu uso pode auxiliar também no alívio da carga emocional, tornando o dia a dia menos desafiador para todos os envolvidos. Tanto o canabidiol (CBD) quanto o tetraidrocanabinol (THC), presentes na Cannabis, são conhecidos por atuar no sistema nervoso central. Segundo alguns estudos clínicos, pacientes com demência, por exemplo, relatam uma redução significativa na agitação e na insônia, enquanto pessoas com Parkinson encontram alívio nos sintomas não motores associados à condição. 

Dessa forma, a capacidade de atuar em múltiplos sintomas ao mesmo tempo torna a Cannabis Medicinal ainda mais atrativa para esses tratamentos, já que é algo que os medicamentos convencionais nem sempre conseguem. Além disso, nos casos de demência e Parkinson, antipsicóticos e antidepressivos são usualmente utilizados, e é frequente que ambos venham acompanhados de efeitos colaterais, como sonolência e ganho de peso. A Cannabis, por outro lado, tem mostrado um perfil de segurança mais favorável, com efeitos adversos geralmente mais leves, algo positivo para pacientes que já enfrentam uma série de desafios diários.

Outro aspecto que merece atenção é o impacto que o uso desta alternativa terapêutica pode trazer inclusive para a vida dos cuidadores. A sobrecarga emocional e física de dar o suporte necessário a uma pessoa com demência ou Parkinson é imensa. Estudos mostram que os responsáveis pela assistência desses pacientes têm maior probabilidade de desenvolver sintomas de ansiedade e depressão. Por isso, a melhora no comportamento e no sono que poder ser proporcionada pela Cannabis, pode reduzir parte dessa carga dos cuidadores, melhorando assim a qualidade de vida de ambos. 

Olhando para o futuro, a expectativa é que, à medida que as pesquisas avancem, possamos vivenciar uma expansão na adoção da Cannabis Medicinal para compor o manejo destas condições. A ciência caminha para um entendimento mais profundo de como esse ativo pode ser ainda mais eficaz e favorecer a evolução no manejo das enfermidades, não apenas com uma melhora significativa dos sintomas, mas com a capacidade de retardar a progressão.

Embora não seja uma cura, essa opção terapêutica tem o potencial de se tornar uma peça central no cuidado de pessoas com doenças neurodegenerativas e oferecer algo valioso: qualidade de vida. E para pacientes e cuidadores que enfrentam desafios tão profundos, essa é uma grande conquista. 

* Flávia Guimarães é Gerente de Inteligência Científica na Ease Labs, farmacêutica pioneira especializada em produtos à base de Cannabis. 


quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Cinco dicas para cuidar da alimentação das crianças nas festas de final de ano

Nutricionista alerta para os excessos alimentares do período e dá dicas de como manter o equilíbrio e bem estar durante as celebrações


Foto: Pexels


As festas de final do ano são muito esperadas pelas crianças, além de reunir toda família, os pequenos têm a oportunidade de provar comidas diferentes e conhecer os alimentos que marcam as tradicionais festividades. Por isso, manter uma alimentação saudável é um desafio para os pais e responsáveis. 

Para a nutricionista Gizelle Machado Bogarin, do Marista Escola Social Ecológica, a alimentação inclui também as dimensões sociais e culturais, gerando, é claro, uma memória afetiva desses momentos. “Todos esses aspectos influenciam a saúde e o bem-estar por completo, entendendo o ato de comer como ato prazer, e criador de memórias. Precisamos em datas comemorativas manter a rotina alimentar padrão, aproveitar as férias escolares para estimular as crianças a desenvolverem uma relação saudável com os alimentos, optar por equilíbrio ao invés de restrição”, reforça. 

Na hora de definir as compras para as férias escolares, o guia alimentar da população brasileira contribui para as escolhas alimentares que beneficiam toda a família. A recomendação é utilizar mais alimentos in natura, ou minimamente processados, consumir com cautela óleos, fermentados e farinhas, gorduras, açúcar e sal, e evitar ultraprocessados, refrigerantes e doces. 

Equilíbrio é a palavra chave

Muitos acreditam ser difícil manter uma alimentação equilibrada durante as festas, já para Gizelle, essa pode ser uma ótima oportunidade para conversar e ensinar as crianças sobre a importância da alimentação. “Como as crianças estão de férias, permita que seu filho participe da compra, separação, higienização e ao servir a mesa. Desta forma poderá ensiná-lo sobre escolhas alimentares adequadas. Cada refeição é única, por isso é muito importante estar presente por completo, evitando uso de eletrônicos, aproveitar para confraternizar com amigos e familiares além de degustar com calma cada alimento para conseguir saciedade e não consumir mais do que o necessário”, segundo a especialista, além de desenvolver uma relação de prazer e equilíbrio com o alimento permitir explorar os sentidos e apreciar todos os sabores. 

Confira algumas dicas da nutricionista Gizelle Machado Bogarin para os pais e responsáveis nas festas de final de ano:

Aproveite o verão

O clima do país contribui para atividades ao ar livre, caminhadas, corridas com as crianças, brincadeiras com bola e na água, são exercícios físicos que vão contribuir para o bem estar de toda a família

Beba água

Consumir no mínimo 2 litros de água por dia é um dos fatores que auxiliam no metabolismo e na hidratação necessária no período. 

Faça várias refeições ao longo do dia 

Realizar diversas refeições ao longo do dia para não passar fome e não exagerar nas quantidades, evitar pular refeições e fazer lanchinhos saudáveis, com frutas e alimentos naturais é uma ótima saída no período. 

Comer com calma e tranquilidade

O dia a dia repleto de atividades, torna a rotina da família bastante atribulada, aproveite o período de férias para sentar à mesa, comer com calma, conversar com as crianças e saborear o alimento. 

Ofereça opções saudáveis

Na hora de escolher carnes magras, saladas, frutas e verduras são sempre uma ótima decisão e que combinam com o clima do verão. 


terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Campanha Natal Sem Fome começa nos 24 shoppings da Ancar em todo o Brasil

Meta nacional da rede será a maior dos últimos oito anos e busca arrecadar 180 toneladas de alimentos não perecíveis para ONG Ação da Cidadania


Foto: Divulgação

Neste Natal, quem passar pelos shoppings da Ancar Ivanhoe, uma das cinco maiores empresas de shopping center do país, até o dia 31 de dezembro, poderá contribuir com o combate à fome no Brasil com doações de alimentos não-perecíveis. Os 24 shoppings da rede em todo o Brasil são pontos de coleta oficiais da campanha Natal Sem Fome, da ONG Ação Cidadania, e possuem a meta de arrecadar 180 toneladas de alimentos, como forma de apoiar as cerca de 33 milhões de pessoas que hoje passam fome no país, de acordo com a pesquisa "Insegurança Alimentar no Brasil", realizada pela Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), publicada em 2023. 

Segundo Marcelo Carvalho, copresidente da Ancar Ivanhoe, essa ação integra os compromissos da Agenda Ancar 2030, que busca apoiar as comunidades nas quais a empresa está presente. "Dentro da nossa Agenda ESG Ancar 2030, que define os compromissos da empresa para os próximos anos, temos o objetivo de fortalecer nossa conexão com as comunidades locais e contribuir para o seu crescimento sustentável. A campanha Natal Sem Fome, que já faz parte de nossa programação há oito anos, é uma ação que não poderia ser deixada de lado. Acreditamos no nosso papel como promotores de transformação social e, por isso, nossos shoppings serão pontos de coleta, mas também de conscientização, oferecendo informações sobre causas importantes e formas de apoio durante todo o ano", declara o executivo. 

Além da arrecadação de alimentos não perecíveis, é possível realizar doações digitais, com a parceria com a Doare. O cliente poderá doar acessando o link nos sites e redes sociais dos shoppings ou através da leitura de QR Codes espalhados pelos shoppings. 

Com a maior meta nacional dos últimos anos, o objetivo é atender às mais de 140 mil famílias atendidas pela Ação Cidadania nos 18 estados do Brasil, doando as cestas básicas arrecadadas durante todo o período da campanha. 

Pontos de coleta nos shoppings da Ancar Ivanhoe nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo: 

  • Shopping Metrô Itaquera - Av. José Pinheiro Borges, s/n - Itaquera, São Paulo - SP 
  • Golden Square Shopping - Av. Kennedy,700. Bairro Jardim do Mar, São Bernardo do Campo – SP 

Sobre a Ação da Cidadania: 

Nasceu em 1993, formando uma imensa rede de mobilização de alcance nacional para ajudar 32 milhões de brasileiros que, segundo dados do Ipea, estavam abaixo da linha da pobreza. Um movimento social que nasceu em 1993 baseado em um conceito simples: solidariedade, todos nós podemos. Entre 1993 e 2005 foram arrecadadas 30.351 toneladas de alimentos em todo o Brasil, beneficiando 3.035.127 famílias. Entre 2006 e 2010 foram distribuídos 2.300.000 brinquedos e 500.000 livros em todo o país. Criada no auge do Movimento pela Ética na Política, a Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida se transformou no movimento social mais reconhecido do Brasil. Seu principal eixo de atuação é uma extensa rede de mobilização formada por comitês locais da sociedade civil organizada, em sua maioria compostos por lideranças comunitárias, mas com participação de todos os setores sociais. 


Festas: posso tomar remédios antes de beber ou comer para "fugir" da ressaca e azia?

Gastroenterologista do HSPE explica porque essa prática não é recomendada


Foto: Pixabay


2024 está com os dias contados. As festas de final de ano, como natal e ano novo, já estão chegando e com elas também uma fartura de bebidas e comidas. Porém, o excesso é o grande vilão. Muitas pessoas, a fim de evitar a ressaca ou a azia pela grande quantidade de ingestão de alimentos e bebidas, apostam em tomar remédios antes da ceia.

A gastroenterologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), Debora Poli, explica que, a prática de se automedicar antes de comer e beber, não é recomendada. “O corpo funciona em um equilíbrio e tudo deve ser ingerido com moderação. Além disso, todo remédio deve ser ingerido com orientação médica. Não existe remédio que previna os malefícios do álcool”, explica.

De acordo com a médica, a bebida alcoólica nunca é benéfica. O recomendado é que não se beba ou que seja em baixas doses. A ressaca acontece por sintomas neurológicos causados por uma intoxicação que o álcool causa no cérebro. A bebida agride o fígado e o estômago e ainda provoca sintomas como dor de cabeça, mal estar, dor de estômago e ânsia. Além disso, causa desidratação. Uma medida para ajudar a minimizar os efeitos deletérios do álcool é se hidratar durante as doses e optar por uma alimentação balanceada antes de brindar. 

No caso dos alimentos, durante as festas e até mesmo as confraternizações no trabalho, amigos e familiares, as pessoas podem até apostar em medicamentos para evitar a queimação e a azia. Porém, a prática de tentar prevenir desconforto estomacal não é a mais indicada.

Só é recomendado fazer o uso de protetor gástrico e antiácido se o paciente tem o diagnóstico e prescrição médica. As pessoas não devem abusar nas comidas ou então, balancear. Em um dia, ingerir maior quantidade de comida ou alimentos mais gordurosos. No outro dia, compensar comendo frutas, legumes, verduras e itens mais leves. Todos os produtos químicos como álcool e medicamentos devem ser utilizados com cautela”, finaliza a gastroenterologista do HSPE.


Alerta: especialista recomenda cuidado com a caipirinha na praia

Os sinais e sintomas de queimaduras de limão podem aparecer até 48 horas após a exposição, variando de intensidade


Foto: Lando Hamukwaya / Pixabay


Durante o verão, é comum o aumento de casos de queimaduras causadas pelo contato da pele com frutas cítricas, especialmente o limão. A enfermeira Andrezza Barreto explica que a fitofotodermatose, como é conhecida esse tipo de queimadura é uma reação inflamatória da pele surge quando substâncias fotossensibilizantes presentes em frutas cítricas, como limão, laranja e abacaxi, entram em contato com a pele e são expostas à luz solar. 

Essa reação pode levar ao surgimento de manchas avermelhadas, frequentemente acompanhadas de sensações de coceira ou ardência. Em casos mais severos, podem se desenvolver bolhas na pele”, alerta a enfermeira. 

Os sinais e sintomas de queimaduras de limão podem aparecer até 48 horas após a exposição, variando de intensidade. As áreas mais frequentemente afetadas são mãos, colo e rosto. “Geralmente, o próprio paciente relata que esteve na praia ou piscina e manipulou limão, lima da pérsia, figo, entre outros” conta Andrezza. 

Algumas vezes, as manchas podem ter o formato de dedos, aparecendo em outras partes do corpo, como o tronco ou dorso, pelo contato com a mão de outra pessoa. Lesões no pescoço são mais comuns pelo uso de perfumes, que também podem ser perigosos em razão das substâncias em sua composição. 

Para evitar queimaduras de limão, Andrezza destaca as seguintes medidas preventivas:

Higienização imediata: Após manusear limão ou outras frutas cítricas, lave minuciosamente as mãos e qualquer área da pele que tenha entrado em contato com o suco, utilizando água e sabão neutro. 

Evitar exposição solar: Após o contato com frutas cítricas, evite exposição direta ao sol, pois a combinação de substâncias fotossensibilizantes e radiação ultravioleta pode desencadear a reação inflamatória. 

Uso de protetor solar: Aplique protetor solar nas áreas expostas, especialmente após o manuseio de frutas cítricas, para proteger a pele contra os efeitos nocivos da radiação solar. 

O que fazer em caso de queimadura de limão?

Se, apesar das precauções, ocorrer uma queimadura de limão, o atendimento imediato é essencial. O primeiro passo é resfriar a área afetada com água corrente por 20 minutos para interromper o processo de queimadura. Nunca aplique gelo ou receitas caseiras (como pasta de dente ou pó de café) na queimadura. Lesões graves exigem avaliação médica imediata.

O mercado já oferece tecnologias eficientes para esse tipo de tratamento, a exemplo da Membracel, um curativo especial altamente indicado para casos de queimaduras de segundo grau, que substitui temporariamente a pele, alivia a dor e acelera o processo de cicatrização”, exemplifica a enfermeira.

Cuidados simples são a chave para curtir o verão com saúde e segurança. Prevenir é sempre o melhor remédio. 

 

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Ceia de Natal saudável: dicas para unir sabor e equilíbrio

Segundo a nutricionista da Bio Mundo, pequenas escolhas fazem a diferença para manter o equilíbrio durante as festas, garantindo uma refeição rica em nutrientes e prazerosa para todos


Foto: Freepik


O Natal é uma celebração cheia de emoções e sabores, mas a ceia não precisa ser sinônimo de exagero ou pratos pesados. Com ingredientes naturais e opções a granel, é possível preparar uma refeição nutritiva e saborosa que agrada a todos. 

A nutricionista da Bio Mundo, Fernanda Larralde, explica que pequenas escolhas podem fazer uma grande diferença no bem-estar durante as festas.

Optar por alimentos integrais, frutas secas e oleaginosas torna a ceia mais leve e saudável, mas sem perder o charme e o sabor da data. Além disso, os produtos naturais ajudam a manter a saciedade, reduzindo o consumo excessivo”, orienta Fernanda.

Sugestões saudáveis para a ceia

1. Entrada leve e colorida

Monte uma mesa com frutas frescas e secas, como damasco, uva-passa e tâmaras. Acrescente um mix de castanhas e nozes, ricos em gorduras boas.

Esses alimentos, além de nutritivos, ajudam a controlar o apetite para o prato principal”, comenta Fernanda.

2. Prato principal equilibrado

Substitua os acompanhamentos tradicionais por arroz integral com amêndoas ou quinoa com cranberry.

Esses grãos oferecem fibras e minerais que melhoram a digestão e são perfeitos para compor uma ceia saudável”, recomenda a nutricionista.

3. Sobremesa saudável e festiva

Para a sobremesa, opte por um pavê de frutas vermelhas com creme de castanha de caju ou uma salada de frutas secas com melado.

Usar ingredientes naturais na sobremesa traz doçura de forma equilibrada, evitando o excesso de açúcar refinado”, destaca Fernanda.

Ingredientes como nozes, castanhas, frutas secas, quinoa e outros itens a granel podem ser encontrados em lojas especializadas em produtos naturais. “Hoje, é possível montar uma ceia saudável com itens acessíveis e de qualidade. Locais como a Bio Mundo oferecem uma grande variedade de opções a granel, que garantem frescor e economia”, finaliza Fernanda.

Com escolhas conscientes e ingredientes nutritivos, é possível desfrutar do Natal com saúde e sabor, transformando a ceia em um momento inesquecível para o corpo e a alma.


sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Quando a natureza cobrar, quem poderá nos salvar?

Geógrafo, poeta e escritor, Don Policarpo convoca leitores a uma aventura em busca da resolução para os problemas ambientais



No quintal da família de Dom, há uma árvore alta, de tronco largo, galhos longos e folhagem espessa. O garoto observa o movimento intenso de vários animais que entram e saem a todo momento dali, agitados e emitindo cada qual um som diferente, como numa orquestra em dia de ensaio. Este lugar que funciona como o condomínio de várias espécies é chamado de A Árvore dos Alados, título do novo livro de Don Policarpo.

Conduzido pelo tutor, o sr. Guaxinim, o protagonista levará os leitores ao olho de um furacão: o julgamento final sobre as atrocidades cometidas pelos seres humanos contra o meio ambiente. Agora, o menino terá a responsabilidade de defender sua espécie no Conselho Deliberativo, onde suas decisões definirão o futuro da humanidade.

— Já há algum tempo que estamos sofrendo com as mudanças das correntezas de ar e as impurezas que as impedem de prosseguir. Muitas vezes somos pegos por nuvens de fumaça que nos atrapalham, impedindo-nos de enxergar, se posicionar e até respirar. Alguns primos já não voam mais por estas bandas, indo para outros lugares. Se continuar assim, logo a fumaça tomará conta de todo o ar. (A Árvore dos Alados, p. 19)

No tribunal, o personagem conhece as histórias de muitos animais cujas vidas foram impactadas pela destruição do seu ecossistema. O sr. Peixe relata como as águas estão mudando de propriedades devido ao descarte excessivo de lixo e substâncias tóxicas; o sr. Pássaro fala sobre como a fumaça poluidora carregada de CO2 no ar muitas vezes o impede de voar; o Sr. Minhoca explica que os bichos do solo ficam doentes por causa da contaminação pelos agrotóxicos, dentre outros depoentes.

O autor convida todos a se entenderem como cidadãos de um mundo profundamente lesionado pela crise ambiental, através da visão de um menino de 3 anos que acaba de conhecer a gravidade da situação e busca salvar a humanidade de seu fim. Com uma linguagem lúdica, a obra ressalta a necessidade de proteger o planeta, a importância da educação familiar e ambiental, além da valorização da memória ancestral e afetiva para promover a proteção da natureza e a paz entre seres vivos.

FICHA TÉCNICA

Título: Árvore dos Alados
Autor: Don Policarpo
Editora: Editorial Casa
ISBN: 978-65-5399-874-2
Páginas: 55
Preço: R$ 30
Onde comprar: Amazon | Editorial Casa

Sobre o autor: Dalvilson Donizete Policarpo, ou simplesmente Don Policarpo, é geógrafo, professor e consultor em meio ambiente com pós-graduação em História da África. Na literatura, publicou 20 livros, entre eles “Morre-se sob a cidade”, “A magia da poesia cantante”, “Dialogando com as gavetas”, “Dois Reis” e “Maçã”. É membro da Academia Internacional de Literatura e Artes Poetas Além do Tempo (AILAP) e da Academia Itanhaense de Letras (AIL).

Redes sociais do autor:

Instagram: @donpolicarpo
LinkedIn: Dalvilson Policarpo
Facebook: /dalvilsonpolicarpo
Youtube: @falapoli
Site do autor: https://donpolicarpo.com.br


quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Psicanalista Fabiana Guntovitch comenta sobre a pressão das redes sociais e a idealização da felicidade

Especialista em comportamento, ela comenta as trends que viralizaram neste fim de ano


Foto: Divulgação


Uma nova tendência no Instagram, intitulada “Como posso estar triste se em 2024 eu…”, tem chamado a atenção ao reunir momentos felizes e conquistas marcantes em carrosséis de fotos. Apesar da proposta positiva de celebrar as boas memórias do ano que passou, a psicanalista Fabiana Guntovitch, especialista em Comportamento, alerta para os riscos dessa prática quando usada para invalidar emoções difíceis, como a tristeza.

Segundo Fabiana, há uma pressão implícita nas redes sociais para idealizar a vida, o que pode levar muitas pessoas a acreditarem que emoções negativas não têm espaço em um cenário aparentemente perfeito. “Quando tentamos justificar nossa tristeza comparando-a com momentos felizes, criamos um conflito interno que pode gerar culpa e até nos afastar de uma vivência mais autêntica das nossas emoções”, explica.

Para a psicanalista, a saúde emocional não consiste em suprimir ou evitar sentimentos difíceis, mas em acolhê-los como parte da experiência humana. “A vida real é feita de altos e baixos. Tentar mascarar a tristeza com fotos de conquistas não elimina o sentimento, apenas o reprime, o que pode trazer mais sofrimento no futuro”, afirma.

Fabiana também destaca a importância de entender o feed do Instagram como apenas um recorte idealizado da realidade, e não um reflexo completo da realidade das pessoas. “É importante lembrar que momentos felizes e tristes coexistem, e ambos têm seu valor. Abraçar essa dualidade é essencial para a construção de uma narrativa mais autêntica e saudável, tanto nas redes quanto fora delas”, pontua a especialista.

Por fim, ela reforça que celebrar as alegrias da vida é importante, mas não deve ser usado como forma de invalidar o que sentimos em momentos mais difíceis. “Aceitar nossas sombras e vulnerabilidades é um ato de coragem e, paradoxalmente, faz parte do processo de aprendizado e evolução, que inclui autoconhecimento, autoconfiança, autoestima e amor próprio, indispensáveis para uma vida mais plena e mais feliz. Encontrar uma felicidade mais genuína”, garante ela.


Hemorio de portas abertas para doadores no fim de ano

Com a chegada do Natal e do Ano Novo, cresce a demanda por sangue no maior hemocentro do estado


Foto: Divulgação


O Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio) é o segundo maior hemocentro do Brasil e lidera em número de doadores voluntários. Diariamente, a unidade recebe entre 250 e 300 pessoas para doação. De janeiro a novembro deste ano, foram realizadas mais de 82 mil doações, e a expectativa é fechar o ano com pelo menos 92 mil. No entanto, entre o final de dezembro e ao longo de janeiro, esse número cai consideravelmente, não apenas devido às festas de fim de ano, mas também por conta das férias escolares. A redução gira em torno de 10% a 15%.

Justamente nesse período a demanda cresce, porque as pessoas viajam e saem mais de casa, o que, infelizmente, aumenta o número de acidentes. Por isso, é importante que as pessoas venham doar”, explica Ana Ester Carlos, assistente social do Hemorio.

Cada doação pode salvar até quatro vidas. O Hemorio abastece os bancos de sangue de 130 unidades de saúde públicas e particulares conveniadas ao SUS, nos 92 municípios do estado. Com os estoques em baixa, as consequências podem ser graves.

Tratamentos de pacientes podem ser prejudicados, e cirurgias eletivas podem ser adiadas quando não há sangue disponível. Além disso, o estado de saúde de pacientes internados que já estão estáveis pode se agravar. Por isso, precisamos muito das doações”, reforça Ana Ester.

Fundado em 1943, o Hemorio se tornou referência em doação de sangue no Brasil. Além disso, é o hospital que mais atende pacientes com doença falciforme no mundo.

Para doar sangue, é necessário:

  • Ter entre 16 e 69 anos de idade;
  • Estar em boas condições de saúde;
  • Pesar mais de 50 kg;
  • Não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação.
  • Não é preciso estar em jejum, mas alimentos gordurosos devem ser evitados antes da doação. É obrigatório apresentar um documento oficial com foto, como carteira de identidade, carteira de habilitação ou passaporte. Menores de 18 anos precisam apresentar um Termo de Consentimento assinado pelos pais ou responsável legal.
Outras informações sobre doação podem ser obtidas pelo Disque Sangue, no telefone (21) 3916-8310. Quem preferir, pode acessar as redes sociais do Hemorio (@hemorio).

O Hemorio funciona todos os dias para doação, exceto no dia 1º de janeiro. A unidade está localizada na Rua Frei Caneca, nº 8, no Centro do Rio de Janeiro.

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Xô, estresse: 6 livros que vão te ajudar a reduzir a ansiedade em 2025

Os livros são ótimas ferramentas para ajudar a cuidar da saúde mental e emocional


Foto: Pixabay 


A depressão e a ansiedade são um dos maiores problemas mundiais desde a virada do século, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, aproximadamente 19 milhões de pessoas vivem com esses transtornos, liderando o ranking de países que enfrentam os sintomas na América Latina. 
 
Aliados ao acompanhamento psicológico, os livros são ótimas ferramentas para ajudar a cuidar da saúde mental e emocional, sendo indicados como uma terapia complementar para refletir sobre esses problemas. Pensando nisso, para iniciar 2025 com a saúde mental em dia, selecionamos 6 títulos que abordam o tema de forma sensível e eficaz, a fim de auxiliar a lidar com a ansiedade, o estresse, a solidão e os pensamentos tóxicos que invadem o cotidiano. 
 
Confira as indicações abaixo e escolha a próxima leitura que ajudará você a focar no seu bem-estar neste novo ano:
 

Entrevista com a solidão: os brasileiros são os mais solitários do mundo! Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, metade da população alega sentir solidão e melancolia com frequência, contribuindo para acentuar doenças como a depressão e ansiedade. Mas como lidar positivamente com esse sentimento? Quem ensina a compreendê-lo e transformá-lo em solitude é o psicólogo Marcos Lacerda. Neste livro, o especialista em relacionamentos propõe estratégias para transformar momentos solitários em oportunidade para desenvolver o bem-estar emocional.
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ZensorialMente: pensamentos acelerados, respiração descompassada, procrastinação, tensão muscular e cansaço são alguns dos sintomas que comprovam a desarmonia do corpo e mente. É o que explica o neurocientista argentino e pesquisador em biologia molecular e genética, Estanislao Bachrach. Com exercícios práticos e técnicas para conhecer os próprios sentimentos, o autor ajuda estimular a capacidade de administrar as emoções nos diferentes campos energéticos, com o intuito de alcançar uma vida mais “zen” e atingir o bem-estar físico e mental.  

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O efeito do riso: rir é o melhor remédio para curar as feridas internas e melhorar o bem-estar físico e mental. Baseada na Psicologia Positiva, Neurociência e Sabedoria do Humor, a autora australiana Ros Ben-Moshe oferece uma abordagem única e transformadora sobre a filosofia do Efeito do Riso. Neste livro, ela explica que uma certa dose de risada pode ser capaz de curar uma série de doenças psicológicas e emocionais dos tempos modernos, incluindo a solidão e a depressão.  

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A culpa não é sua
: por meio de uma conversa sensível e inspiradora, com lições que aprendeu na terapia, a especialista em impactos causados por traumas, Laura K. Connell, combina a experiência pessoal com pesquisas científicas para ajudar identificar pessoas tóxicas e saber como impor limites em diferentes situações do cotidiano. Nesta obra transformadora, a autora ensina ainda desenvolver mecanismos de defesas saudáveis a fim de alcançar a liberdade e equilíbrio emocional. 

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Além da Ansiedade: por ser um fenômeno complexo e multifacetado, o enfrentamento da ansiedade não admite reducionismos e simplismos. Nesta obra, Davi Lago explica com clareza e objetividade quais são as principais abordagens da doença. Com uma escrita fluente, repleta de orientações práticas e reflexões instigantes, o autor auxilia a diferenciar preocupações saudáveis de doentias, explica os sintomas e os efeitos dessa condição e traz um alerta sobre como o consumismo, conversas tóxicas e agendas sobrecarregadas interferem no psicológico.  

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Organize sua desordem mental: pensamentos tóxicos, depressão e ansiedade são agravados por um mundo caótico e sustentados pela falta de controle de pensamentos desordenados. Respaldada por pesquisas clínicas e com base em estudos de caso de grande impacto, a Dra. Caroline Leaf apresenta um plano de cinco passos, comprovado cientificamente, para descobrir e eliminar a raiz dos pensamentos intrusivos a fim de melhorar a saúde física e mental, possibilitando seguir um caminho de plenitude, paz e felicidade. 

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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Para promover a saúde e o bem-estar, Arnold Schwarzenegger é o novo embaixador da Zimmer Biomet

Ícone global assume o cargo de Diretor de Movimento da companhia e estará envolvido em uma série de iniciativas que incentivem a prática diária de exercícios, a favor da mobilidade e da qualidade de vida



Com o intuito de promover a saúde e o bem-estar, por meio do incentivo da prática de exercícios e bons hábitos de vida, a Zimmer Biomet, líder global em saúde musculoesquelética, acaba de anunciar Arnold Schwarzenegger como seu novo embaixador. Por meio dessa nova parceria, o ícone global, que carrega um forte histórico de boa forma física em sua escalada de sucesso, assume o cargo de Diretor de Movimento para colaborar estreitamente com a companhia para motivar as pessoas no aumento da mobilidade, na manutenção da saúde das articulações e na incorporação do “movimento” em suas rotinas diárias.

Conforme declarou o presidente e CEO da Zimmer Biomet, Ivan Tornos, a escolha por Schwarzenegger se deu em virtude de sua ousada abordagem à saúde pessoal, inovação e evolução, uma visão que vai ao encontro do posicionamento global da companhia, responsável por desenvolver soluções ortopédicas de ponta - a exemplo dos robôs para cirurgias ortopédicas ROSA® Knee System e ROSA® Hip, que desembarcaram no Brasil nos últimos anos.

As pessoas estão procurando levar estilos de vida mais saudáveis e ativos à medida que os anos passam, e a demanda para que as pessoas continuem se movendo sem dor está aumentando. Soluções inovadoras como as nossas estão facilitando a conquista desse objetivo e, nesse sentido, Arnold como nosso Diretor de Movimento ajudará a promover nossa missão compartilhada de aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida das pessoas em todo o mundo. Juntos, faremos coisas incríveis para pacientes, cirurgiões e comunidades", enfatizou o executivo em comunicado mundial

Promovendo a saúde e o condicionamento físico há mais de cinco décadas, Arnold Schwarzenegger conquistou o mundo do fisiculturismo como Mr. Universo, cativou o público como estrela de Hollywood e trilhou caminhos de sucesso como empresário, autor e até mesmo político, como governador do estado da Califórnia, nos Estados Unidos. Entre outros projetos, atualmente, seu boletim diário "Arnold's Pump Club", atinge quase um milhão de pessoas todos os dias com informações confiáveis sobre exercícios, saúde e condicionamento físico.

Entusiasmado com a nova parceria estabelecida junto à Zimmer Biomet, Schwarzenegger deseja que todas as pessoas do mundo descubram a alegria do condicionamento físico e do movimento, que tornou sua vida melhor a cada passo do caminho.

Por meio dessa parceria com a Zimmer Biomet, posso continuar a incentivar outras pessoas a fazer mudanças positivas que as ajudem a viver melhor e da maneira mais ativa possível. Nunca deveríamos parar de nos mover. Meu objetivo é continuar incentivando as pessoas a ver que o movimento, a prática diária de exercícios, cria alegria e prolonga a qualidade de nossas vidas", declarou Schwarzenegger.

Aos interessados em acompanhar as novidades dessa parceria e receber atualizações de estilo de vida saudável, basta efetuar a inscrição por meio do site da companhia.


quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Artigo: A urgência de bons projetos para enfrentar os desafios climáticos

Muito se discute sobre a necessidade de aumentar o financiamento para enfrentar os desafios do clima, mas sem bons projetos e profissionais preparados, não será possível caminhar na direção correta

Por Malu Nunes*


Foto: Pixabay


As mudanças climáticas já alteram a dinâmica de muitas cidades, trazendo grandes desafios a serem superados diante de tempestades, secas severas, ondas de calor e outros eventos extremos. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2024 tem tudo para ser considerado o novo ano mais quente da história. As manchetes alertam para um futuro muito desafiador e cada vez mais complexo, especialmente para os países menos desenvolvidos, que estão mais vulneráveis às consequências de um clima extremo.

Como resposta para um quadro que vem se agravando, ano após ano as nações em desenvolvimento clamam por mais financiamento para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas. A decepção com a meta de financiamento climático muito abaixo do esperado no acordo final da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP29) mostra que ainda há uma enorme distância entre os recursos disponíveis e as necessidades dos países.

É justo que a busca por recursos financeiros, especialmente provenientes dos países mais ricos e que mais contribuíram para que chegássemos ao quadro atual, seja um dos temas prioritários nesses fóruns internacionais. Entretanto, tão importante quanto a busca pelo dinheiro é a clareza sobre o realmente precisa ser feito em cada país, em cada território.

Observamos que a adaptação eficaz para esta nova realidade carece de projetos robustos e estruturados, reunindo conhecimentos e experiências de diferentes áreas e setores da sociedade. Mas quais são as soluções mais acertadas? E, sobretudo, como não repetir erros do passado em locais já afetados por eventos extremos que tendem a se repetir e, talvez, com mais força?

O trabalho conjunto e integrado entre autoridades, especialistas, universidades, organizações da sociedade civil, investidores e empresários, cada um contribuindo com seu know-how, aponta para a elaboração e execução de projetos que atendam às demandas climáticas de cada região. Enquanto a luta para reduzir as emissões de gases de efeito estufa exige uma governança global, a adaptação às mudanças climáticas sempre deve ser local, pensada a partir das características de cada território.

Representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) alertaram ao longo deste ano para a dificuldade em elaborar planos para a reconstrução de locais impactados por eventos climáticos extremos. Não bastam apenas recursos para reduzir transtornos imediatos, é necessário que administradores, antes de tudo, estruturem e apresentem projetos qualificados e habilitados para financiamento.

É aí que o modelo de ação conjunta e compartilhada pode fazer toda a diferença na vida daqueles que já sofrem com as dificuldades impostas pelas mudanças climáticas. Nessa proposta de atuação coesa, é possível apontar iniciativas cujo modelo pode contribuir e servir de inspiração na proteção de regiões brasileiras sensíveis às instabilidades climáticas. Programas pioneiros como o Acelerador de Soluções Baseadas na Natureza em Cidades, realizado pelo WRI Brasil em parceria com a Fundação Grupo Boticário, entre outros parceiros, precisam ser incentivados e ganhar mais escala.

A experiência mostrou que é necessário – e possível – criar ambientes para a colaboração, capacitação e desenvolvimento de ideias e soluções para desafios climáticos nas diferentes realidades do nosso país. É preciso investir em tempo de qualidade para que profissionais que atuam em diferentes áreas do poder público possam se desenvolver com mentorias e orientações técnicas e possam cocriar, aperfeiçoar e buscar soluções inovadoras, aplicáveis e com potencial de escala para contribuir no enfrentamento de desafios ambientais contemporâneos.

Outra lição aprendida é a certeza de que, para qualquer projeto idealizado para conter os efeitos das mudanças climáticas, devemos apostar nos benefícios das Soluções Baseadas na Natureza. É preciso, por exemplo, aumentar a capacidade de infiltração da água no solo; conciliar a infraestrutura convencional – cinza – com soluções verdes, como parques alagáveis, lineares e jardins de chuva. Sem esquecer de iniciativas individuais, como a captação da água da chuva em empreendimentos industriais, comerciais e residenciais, além dos telhados e paredes verdes.

Diante da dificuldade em estruturar projetos relacionados às emergências ambientais nos municípios, o Plano Clima, em desenvolvimento pelo Governo Federal, precisa estar conectado com a percepção local, em diferentes setores da sociedade, para chegar a uma política climática brasileira consistente e exequível para ser efetivamente praticada nos próximos anos.

Esse movimento também deve ter participação da iniciativa privada. O conceito de ESG ‒ compromisso público de corporações considerando maneiras de reduzir o impacto ambiental que suas ações provocam e aumentar os benefícios sociais e melhorar a gestão de seus processos, com foco na transparência ‒ ganha espaço na proposta de coparticipação de empresas na idealização de projetos de adaptação.

Para isso, as organizações podem identificar vulnerabilidades na realidade em que estão inseridas e elaborar planos de adaptação e operação com potencial de transformar seu entorno, desde que a empresa assuma papel de articulador de recursos e na governança das ações. Assim, investir em soluções sustentáveis não se trata somente de se adaptar às mudanças climáticas, mas também participar de transformações na sua comunidade, agregar valor aos produtos e aumentar sua competitividade no mercado global com atributos ambientais.

A cooperação de diversos segmentos da sociedade, com ações coordenadas e integradas que vão além do esforço das autoridades locais, torna-se uma exigência para enfrentar a nova realidade que vivemos. Também requer visão sistêmica, entendimento sobre as causas e consequências dos eventos climáticos extremos, compartilhamento e associação de experiências e conhecimentos multissetoriais para a criação e implementação de alternativas inovadoras e duradouras. Infelizmente, temos pouco tempo para ajustar a nossa rota…

(*) Malu Nunes é diretora-executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza


domingo, 8 de dezembro de 2024

3 livros para possibilitar um mundo mais sustentável

Entre as indicações abaixo, há desde obra que defende a adoção da economia circular até poemas sobre o descarte de lixo em excesso


Foto: Pexels


Especialistas em meio ambiente e ativistas do mundo inteiro defendem uma mesma ideia: é necessário adotar estratégias sustentáveis no cotidiano das pessoas, nos processos das empresas e nas políticas públicas para existir um futuro no planeta. Somente assim, os seres humanos e a natureza podem viver em diálogo.

Para refletir sobre o tema, as indicações abaixo trazem reflexões sobre sustentabilidade e chamam atenção para a importância de pensar sobre a vida na Terra. Confira:

Reciclagem de A a Z

Especialista em economia circular, presidente do Instituto Nacional de Economia Circular e professor universitário, Marcelo Souza lançou este livro para explicar a importância de as empresas das mais diversas cadeias pensarem em maneiras de reduzir o descarte de materiais e aumentarem a vida útil de seus produtos. Além de ser o caminho para uma vida plena no mundo, é uma maneira dos empreendimentos também crescerem economicamente.

(Autor: Marcelo Souza | Onde comprar: Amazon)

Poemas de Plástico

Primeiro livro de literatura feito totalmente de plástico reciclado e reciclável. Esta é a premissa da obra de Pedro Tancini, que usou um papel sintético para as folhas e produziu uma capa com colagens de objetos plásticos colhidos nas praias de São Paulo. Por meio de poemas, o autor reflete sobre como a ideia da descartabilidade no mundo contemporâneo afeta tudo, inclusive as relações emocionais e interpessoais.

(Autor: Pedro Tancini | Onde comprar: Amazon)

A Árvore dos Alados

Geógrafo, consultor sobre meio ambiente e escritor, Don Policarpo convida as crianças e os adolescentes a se perceberem como cidadãos capazes de transformar o planeta. No enredo, um menino é convocado a defender a humanidade das atrocidades que a espécie cometeu contra a natureza. Durante o tribunal, vários animais falarão sobre como o lixo e poluição afetaram suas vidas.

(Autor: Don Policarpo | Onde comprar: Amazon)


sábado, 7 de dezembro de 2024

Por que precisamos falar mais sobre vulnerabilidade masculina?

Em meio a pautas sobre relações humanas e empoderamento feminino, escritora Ana Paula Bordin chama a atenção para a saúde emocional dos homens no romance "A Flor da Savana"


Psicanalista e escritora, Ana Paula fala sobre vulnerabilidade masculina. Foto: Divulgação 

Martin representa a luta silenciosa de muitos homens: o peso de parecer vulnerável em uma sociedade que os ensina a esconder suas dores. A atenção para a saúde mental masculina e a quebra deste estereótipo é uma das questões abordadas pela psicanalista e escritora Ana Paula Bordin, no romance A Flor da Savana.

Na obra, a protagonista é Izabel, uma ranger em processo de conhecimento sobre o próprio poder. Ela se apaixona por Martin, um homem rico, mas com um grande vazio emocional. Juntos, eles enfrentarão contextos sociais complexos, como o racismo e as desigualdades de gênero.

Na entrevista abaixo, a autora convida a refletir, entre outras questões humanas, sobre como essas vulnerabilidades masculinas podem ser encaradas como forças e não fraquezas. “Martin é a tradução do paradigma e das consequências perversas desse tipo de educação em que o homem é ensinado a ser firme, forte e prover não só o sustendo, mas a segurança e, por vezes, o controle”, comenta a autora.

1. Em “A Flor da Savana”, você explora relações humanas complexas que mergulham em questões de identidade e autoconhecimento. A jornada de Izabel e Martin pode ser um espelho para que tipos de desafios na vida contemporânea? De que forma esses temas aparecem na narrativa?

O grande desafio são os relacionamentos, como lidar com eles, como entender nossas escolhas do presente como reflexos do que desejamos para nós mesmos e das escolhas feitas do passado – mesmo que infelizes escolhas. Um outro desafio exposto é o quanto não somos apenas o que queremos ser, precisamos validar que somos indivíduos que receberam estímulos, vivências que nos marcaram e nos fizeram diferentes de qualquer outro. Não existe um único homem ou mulher igual, portanto não podemos querer uma receita de felicidade, de normalidade. E esses aspectos são explorados no decorrer da narrativa, não só pelo autoconhecimento das personagens, como do quanto a convivência e o relacionar-se com o “diferente” pode ser transformador. Vale ressaltar que me refiro não só às relações amorosas e, sim, a todos os tipos de relações que permeiam nossas existências mesmo antes de nascermos. O desafio vivido numa relação amorosa nada mais é do que os desafios de seres que antes tiveram inúmeras outras relações e trazem consigo pedaços (bons e ruins) dessas vivências.

2. Ao escolher a África do Sul como cenário, você situa a narrativa em um contexto de ricas, mas também dolorosas, camadas culturais. Por que decidiu aproximar a África do Sul dos leitores brasileiros e qual a principal mensagem que deseja passar aos leitores com relação a isto?

Primeiro, me senti escolhida pela África do Sul, uma vez que fui presenteada com a história diante das cenas que ali experenciei. Como você bem cita, foram as ricas e dolorosas camadas que acionaram os meus sentidos de observadora e borbulharam dentro de mim e assim que decidi dar vida aos personagens e aos acontecimentos. E só havia um jeito de fazer sentido: conectá-los ao lugar onde nasceram, foi muito natural o desenrolar da narrativa.

A aproximação cultural que temos é histórica e tendo como objetivo respeitá-la e exaltá-la, entendi que uma forma seria olhar para o racismo além das nossas fronteiras, entendendo o impacto disso por gerações muito longe daqui. A ideia nunca foi “desculpar” ou “minimizar” o que se vive no Brasil, mas abrir os horizontes para os leitores brasileiros olharem além; entendo que esse é o papel da literatura.

Um legado que espero deixar aos leitores é a curiosidade sobre quem foi Martin Luther King; o que foi o período terrível do Apartheid; como se constituem, hoje, as camadas sociais sul-africanas, e por aí vai. Apesar de ser um romance romântico, as provocações para uma reflexão profunda estão todas ali.  Claro, que também tenho o objetivo de despertar em mais brasileiros, o desejo de visitar a África do Sul, conhecer aquelas lindas e paisagens e se conectarem com raízes tão profundas e que nos formaram enquanto sociedade.

3. Sua experiência como psicanalista influenciou no processo criativo na hora de construir os personagens do livro? Se sim, de que forma?

Com certeza, minha escrita é constantemente influenciada pelo que observo no comportamento humano, especialmente pelo que vivencio como profissional que apoia e acompanha mulheres em suas jornadas. Vale ressaltar que tanto a Izabel quanto o enredo foram criados antes da minha atuação como psicanalista, porém, foi a partir daí que despertei para estudar e desenvolver um trabalho mais profundo sobre a psiquê humana – o que me permitiu transpor tais conhecimentos para a obra.

Foi como se a idealização dessa história me movimentasse para ir além do que eu já conhecia do comportamento humano. Atuo diretamente com pessoas há mais de 20 anos, seja liderando no mundo comercial ou desenvolvendo-as diretamente em mentorias e atendimentos. Sou apaixonada por pessoas desde sempre e entender como o cérebro funciona e como o emocional se compõe é das minhas grandes paixões na vida.

4. A personagem Izabel é uma mulher forte e independente, como uma representação à resistência contra o machismo estrutural. Você espera que essa jornada de empoderamento inspire as leitoras? Acredita na literatura como agente de mudança nesse sentido também?

Não só acredito, como defendo muito que a literatura pode tocar em mentes e corações que estavam cerrados para determinadas conversas, assuntos ou isolados por tabus. É interessante como a ficção pode iluminar caminhos que já foram “incendiados” por profissionais da vida real daquele leitor sem surtirem efeito, vemos isso o tempo todo. É impressionante observar o poder de identificação que a literatura pode causar nas pessoas e, com isso, transformar realidades. Todos nós já comparamos ficção com realidade e encontramos similaridades, seja na nossa vida seja na de outrem.

Como mulher, autora e mãe (é preciso pensar na futura geração de homens que formamos) o que mais desejo é alcançar o maior número possível de mulheres (e homens como parceiros e apoiadores dessas mulheres). Ao lerem a jornada de autoconhecimento desse casal, espero que a história ajude-os a acessarem seu poder, além de enfatizar o valor de suas vozes e suas escolhas. Mais do que isso, liberar sua sexualidade, conectar-se com sua essência num exercício constante de ser independente sem perder o feminino.

Izabel é uma mulher da vida real com forças, fraquezas, dilemas, desejos e deslizes, ela representa a maioria não a minoria.

5. Martin enfrenta um “vazio emocional” que contrasta com seu status e poder. Como você enxerga a importância de abordar vulnerabilidades masculinas em uma sociedade que muitas vezes reprime essas discussões?

Uau, eu poderia falar sobre isso por horas. Já tenho leitoras fãs de Martin e outras tantas que o odeiam... Justamente porque ele é o homem que finge não ter problemas, o homem que já sabe lidar com tudo, o estereotipo do homem que não precisa de ajuda que nós, enquanto sociedade, difundimos em nossos meninos desde bebês.

Martin é a tradução do paradigma e das consequências perversas desse tipo de educação em que o homem é ensinado a ser firme, forte e prover não só o sustendo, mas a segurança e, por vezes, o controle. Infelizmente (ou felizmente) ainda não posso abrir tanto o jogo sobre ele, pois muitas informações e acontecimentos ficarão mais claros na parte 2 d´A flor. Martin e seus demônios são um caso que merecem ser observados mais de perto e serão, aguardem. Vale muito entender os porquês e refletir sobre como podemos ser agentes de transformação.

Saiba mais sobre o livro “A Flor da Savana” neste link! 

Sobre a autora: Ana Paula Bordin é escritora, palestrante, psicanalista e empresária. Formada em Letras com licenciatura em Português, trabalhou por anos como professora. Posteriormente, escalou negócios no mundo B2C, onde liderou equipes comerciais durante mais de duas décadas. Agora focada no bem-estar feminino, atua como terapeuta de casais e mentora de mulheres, além de ser especialista em autoestima e autoconfiança.

Redes sociais da autora:

Instagram: @paulahbordin
LinkedIn: Ana Paula Bordin

Site da autora: https://anapaulabordin.com


quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Entenda os direitos de mulher que teve vídeo 'viralizado' por se recusar a ceder janela de avião para criança

Resolução nº 400 da ANAC prevê direitos do consumidor e mãe de criança pode ser punida civilmente e, até, criminalmente


Jeniffer Castro: jovem que foi filmada ao se recusar a ceder assento para criança. Foto: Reprodução da Internet

Um vídeo que ‘viralizou’ nas redes sociais nesta quarta-feira (4) mostra uma mãe criticando uma passageira que se recusou a trocar de assento com seu filho em um avião. Segundo a genitora, o menino de 3 anos estava com medo, e ela acreditava que sentar ao lado da janela poderia ajudar a acalmá-lo.

A moça, que está sentada ao lado da janela usando fones de ouvido, começa a ser ofendida. O caso traz um debate sobre quais os direitos dos passageiros e, principalmente, sobre a exposição feita com uma câmera de vídeo e dados vazados na internet.

Mas, afinal, a passageira que se recusou a ceder o assento antes do avião decolar deveria ter cedido? “Pelo o que foi relatado nas redes sociais, a passageira parece ter comprado o assento preferencial da janela, e, neste caso, a única possibilidade de mudança de assento, seria em caso de se colocar em risco a segurança da aeronave e dos passageiros. Portanto, não há nenhuma determinação legal que imponha àquela passageira, que se negou a ceder o espaço à mãe com a criança, a mudança de assento contra a sua vontade”, explica Marcial Sá, mestre e doutorando em Direito Aeronáutico pela Universidade de Lisboa e advogado do Godke Law – Portugal.

De acordo com o especialista, a legislação que pode ser aplicada é a Resolução nº 400, de 13 de dezembro de 2016, da ANAC, que dispõe sobre as Condições Gerais de Transporte Aéreo, mas também, para o caso específico, se aplicam as regras dos contratos (compra do assento diferenciado (janela)), previstas do Código Civil e Código de Defesa do Consumidor.

Por outro lado – conforme explica Marcial – a mãe da criança deverá sofrer consequências por ter gravado e exposto a outra passageira. “A passageira que filmou poderá responder criminalmente e civilmente, pela exposição indevida e não autorizada da imagem de terceiros, com base da Lei Geral de Proteção de Dados, o Código Civil, e Código Penal. Já a companhia aérea, por sua vez, não deverá sofrer qualquer tipo de penalização, seja civil ou penal, pelo ocorrido, uma vez que não deu causa ao fato”, destaca o advogado.

A repercussão de vídeos que expõem pessoas físicas sem consentimento pode acarretar graves riscos à privacidade, como danos à imagem, assédio e até perseguição, de acordo com Alexander Coelho, sócio do Godke Advogados e especialista em Direito Digital e Proteção de Dados. “Pela LGPD, o uso indevido de dados pessoais, incluindo imagens, sem autorização prévia pode resultar em multas e processos judiciais. Além disso, a pessoa exposta, como foi o caso da passageira em questão, pode ou poderia sofrer consequências emocionais e sociais significativas, especialmente se o vídeo induzir julgamentos ou interpretações negativas sobre sua conduta”, alerta.

Fontes:

Alexander Coelho - Sócio da Godke Data Protection & Privacy e do escritório Godke Advogados. Especialista em Direito Digital e Proteção de Dados. Membro da Comissão de Privacidade e Proteção de Dados e Inteligência Artificial (IA) da OAB/São Paulo. Pós-graduado em Digital Services pela Faculdade de Direito de Lisboa (Portugal).

Marcial Sá - Advogado do Godke Advogados. Especialista em Direito Migratório e Aeronáutico. Mestre e Doutorando em Direito Aeronáutico pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.